Por Mayara Penina

Ontem (4/6) foi dia de ir às ruas do centro de São Paulo e discutir o trabalho e a invisibilidade dos catadores de material reciclável.
A ação batizada de “Pimp My Carroça” foi idealizada pelo grafiteiro Mundano, que há mais de cinco anos ano pinta carroças com o objetivo de mostrar a importância dos catadores.

Os carrinhos passaram por uma reforma e ganharam itens de segurança _retrovisores, buzinas e faixas refletoras. O evento, que fez parte da programação da Virada Sustentável, incluiu a oferta de outros serviços para os catadores, como exame oftalmológico e corte de cabelo.

 
Nabil Bonduki, professor de planejamento urbano da FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP), defendeu a remuneração dos catadores pelos serviços prestados à cidade.

 
Depois de terem suas carroças “pimpadas”, os participantes saíram em “carroceata” pelo centro. Mas, dessa vez, não foram os carroceiros que levaram os carros e sim o público, para que pudessem sentir como é o dia-a-dia do trabalho. Segundo organização, mais de 500 pessoas participaram da ação no Vale do Anhagabaú.

 
Em frente à prefeitura de São Paulo, Mundano leu o manifesto que reivindicava, entre outras coisas, a revisão dos contratos de limpeza urbana e o reconhecimento dos catadores como agentes de coleta seletiva municipal.

 
Todo o evento foi viabilizado por financiamento colaborativo no site Catarse.

Mayara Penina, 21, é correspondente de Paraisópolis.
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