Três mil famílias vivem nas margens de córrego no Itaim Paulista
Por Vander Ramos
Quando visitaram a região do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo, José
Serra (PSDB), Fernando Haddad (PT) e Paulinho (PDT), todos candidatos a prefeito, prometeram criar parques lineares no entorno dos principais córrego do bairro. O que eles não disseram é como farão isto virar realidade em quatro anos.
A região possui 26 córregos; 20 deles deságuam nos outros seis e vão até o rio Tietê.
O Mural foi verificar a situação de quatro dos seis principais córregos: o Tijuco Preto, o Itaim, o Lageado e o Água Vermelha.
Córrego Tijuco Preto: Segundo a subprefeitura, cerca de três mil famílias vivem no entorno das margens. As moradias são improvisadas com resto de materiais de construção e algumas feitas com tapumes de placas publicitárias. As casas impedem a entrada de máquinas para realizar a limpeza do córrego. “Este córrego é um esgoto a céu aberto e dificilmente a subprefeitura vem limpar”, diz o morador Antonio Nunes Feitosa, 34.
Córrego Itaim: Em 2008, foi inaugurado um pequeno parque linear que só atende à população local. No Jardim Nélia, o córrego sofreu uma forte erosão nas duas margens em 2010. No trecho próximo à avenida Marechal Tito, a população da Vila Itajuíbe aguarda a canalização. “Sofremos muito com alagamentos por conta de tubos que passam sob a ponte na avenida Marechal Tito e impedem a passagem da água”, diz Cleusa Silva, 41. Engenheiros estimam que seriam necessários cerca de R$ 25 mi para concluir os trabalhos.
Córrego Lageado: O Mural encontrou vários trechos assoreados. Em uma das margens foram instalados tubos de concreto para segurar a terra e impedir a queda de algumas casas. Desde o ano passado, uma retroescavadeira limpa o córrego, mas moradores dizem que já faz algum tempo que a máquina não aparece. Próximo ao parque Chácara das Flores, as margens sofrem com erosões. Algumas moradias estão quase dentro do córrego.
Córrego Água Vermelha: O mais sujo e abandonado de todos os seis córregos. Em 2010, uma parte recebeu um parque linear que custou R$ 5 mi. A segunda etapa deveria acontecer na sequência, mas, por falta de verba, a prefeitura interrompeu a obra. Por conta desse atraso, o córrego não recebe a devida manutenção.
Os correspondentes do Mural estão percorrendo seus bairros para mostrar como estão os rios e córregos da Grande São Paulo. Leia mais.
Vander Ramos, 51, é correspondente do Itaim Paulista.
@vander521
vander.mural@gmail.com
Sãos os relaxos do serrote e do kassab: a”ntes não tinha, agora tem”
Gostaria de saber quando os candidatos e quais são as propostas para o corrego Tabatinguera, na ZONA NORTE de São Paulo, onde até pouco tempo as ruas eram de terra, e milhares de ratos convivem com a população dessa região. E quando chove o medo sempre existe de erosão ou enchentes.
A verdade que não pode ser dita é que não há como conciliar ocupação com preservação. Ou uma coisa ou outra.
São Paulo era uma cidade de córregos e rios. Poderiam ser navegáveis e aproveitados para a criação de parques, como em qualquer cidade civilizada da europa.
Mas não. Quando não são barracos é o asfalto e automóveis ocupando as margens dos rios e córregos. O resultado aí está: enchentes, alagamentos, transbordamento, um caos.
São Paulo precisa voltar a ser uma cidade de rios e córregos.
É um absurdo observar essa situação! É muito fácil para os candidatos dizerem que vão criar parques lineares, mas não haverá nem tempo e muito menos dinheiro para consertar tudo o que é necessário nesses córregos em apenas quatro anos. O problema é que, como é época de eleição, a ideia é fazer os eleitores acharem que tudo pode virar uma maravilha, mas depois nada é feito. O fato é que, criando parques lineares ou não, as autoridades de São Paulo precisam começar a reverter essa situação, mesmo que seja aos poucos. Mas como são obras que demandam muito investimento e que não são vistas pela população em geral, apenas por quem mora na região, não é uma obra eleitoreira e, por isso, ninguém quer encampar esse projeto para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Na São Paulo que eu nasci , não havia favelas, corregos imundos servindo de esgotos e fossas, o que será que mudou de la para ca? Onde estavam e viviam essas pessoas que hoje habitam essas margens.
moro na região do córrego água vermelha . a população que mora as margens desse córrego sofre todos os anos com enchentes , são vulneráveis a varias doenças transmissíveis, convivem com lixo, mau cheiro e todos os riscos que o esgoto a céu aberto pode causar . a prefeitura executou a primeira fase próximo a subprefeitura e a avenida marechal tito e abandonou o projeto sem concluir a segunda fase , já enviei vários e mail a subprefeitura solicitando esclarecimentos sobre a continuidade da obra e nunca recebi resposta . é uma vergonha maquiaram a frente da subprefeitura e o povo continua vivendo em condições sub humana !
Em um dia de pouca chuva. podemos ver no link do vídeo abaixo como fica o córrego do Lageado, mais especificamente na altura da rua Antonio de rodovalho – Jardim Campos – Itaim Paulista – Zona Leste de São Paulo – SP.
https://www.youtube.com/watch?v=1eYFsnjRfFg
Podemos ver o vídeo postado através do link abaixo as frequentes condições do Córrego Lageado em um dia de pouca chuva na região do Itaim Paulista Jardim Campos
https://www.youtube.com/watch?v=1eYFsnjRfFg