Ciclofaixa aos domingos incentiva empreendedorismo na zona leste
Além de ser uma nova opção de diversão, atraindo muitas pessoas todos os domingos, a Ciclofaixa de Lazer da Zona Leste, localizada na avenida Governador Carvalho Pinto, mais conhecida como Tiquatira, tem motivado empresários da região a investirem em produtos e serviços para seus frequentadores.
Assim que aconteceu a inauguração, em 25 de março desse ano, os sócios Fábio Miranda, 33, e Antônio Marcos Peres, 49, já estavam com a loja de locação de bicicletas funcionando. Fábio é um dos proprietários de duas lojas de bicicletas na Penha e Vila Matilde e convidou seu cliente Antônio Marcos a investir nessa nova oportunidade. Antônio, que trabalha com locação de móveis para eventos, aceitou o convite e transformou a garagem de sua casa, localizada na avenida Tiquatira, na MF Bikes, locadora de bicicletas, triciclos e carrinhos.
“As pessoas vêm pra cá por lazer, então a gente tem que fazer com que nossos clientes se sintam bem atendidos”, afirma Fábio. Para garantir o bom atendimento, eles conseguiram alvará de funcionamento e investiram cerca de 110 mil reais na compra de 150 bicicletas, 20 carrinhos e 60 trenzinhos, e de um espaço para guardar toda esta frota.
Além disso, a dupla contrata entre 10 e 14 pessoas por domingo para prestar assistência aos seus clientes, supervisionando toda a via.
A ciclofaixa Tiquatira ocupa duas pistas da avenida e possui 14 km de extensão (7 em cada sentido), passando por diversos bairros entre a Penha e Artur Alvim. Trata-se da única na zona leste e é organizada pelo movimento Conviva, uma parceria da Prefeitura de São Paulo com a Bradesco Seguros.
Na frente MF Bikes, Maurício Pareja, 44, instalou sua barraca de água de coco. “Quem anda de bike gosta de coisas naturais”, explica. Pareja é dono de uma editora e decidiu vender água de coco para complementar sua renda. “Já cheguei a vender 250 cocos em um dia”.
Em outro ponto da avenida, dois casais de amigos instalaram há 3 meses uma tenda e abriram a empresa Jedd Bikes, nome formado pelas iniciais dos integrantes João, Erika, Daril e Daniela. A Jedd ainda está em processo de regularização, mas eles já investiram R$2500 em 25 bicicletas e em outros materiais. “O dinheiro que ganhamos, investimos mais. Até então não tivemos lucro”, conta Erika Rodrigues, 28.
Para os amigos e sócios, a região não possuía muitas opções de lazer e a ciclofaixa aos domingos mudou um pouco esta realidade. “Vem muita família, gente que não tem condições de ir pro Ibirapuera, hoje tem esse prazer”, diz Erika.
Michele Marie, 26, é moradora da região e anda de bicicleta por lá todos os domingos. Ela também acredita que o espaço representou um grande avanço para o bairro. “A gente era bem defasado de um ambiente para praticar esportes e a ciclofaixa apareceu para ajudar nesse sentido”.
Assim como ela, Renata Marques , 34, é uma frequentadora assídua do local. Ela vê como uma ótima forma de lazer. Porém, segundo ela, a ciclofaixa é complicada para a dinâmica do trânsito na região. “Acho horrível a falta locais para retorno”, afirma Renata, ao lembrar das longas distâncias que precisa percorrer para mudar de sentido na via.
Michele concorda que a reserva de uma faixa para bicicletas complica o trânsito. “No começo foi ruim por causa do trânsito, que piorou muito e agora é preciso dar muita volta”. No entanto, com o passar do tempo as pessoas foram se acostumando. “Depois a gente se adaptou e começou a aproveitar o espaço das bicicletas. Começamos a curtir o ambiente”.
Atualmente, de acordo com a CET, São Paulo conta com 3,3 Km de ciclofaixas fixas e 67 km de operacionais. Elas funcionam aos Domingos e feriados, das 7 às 16h, espalhadas pelas regiões da cidade.
Lívia Lima, 24 anos, correspondente de Artur Alvim.
@livialimasilva
livia.mural@gmail.com
Marina Lopes, 20, é correspondente da Penha.
@marina_lopesmf
marinalopes.mural@gmail.com
boa noite a todos, gostaria de saber onde me cadastrar para trabalhar na ciclo faixa se vcs poderem me ajudar eu agradeço pois estou desempregada obrigada