Um terço das cidades da Grande São Paulo não aumentou tarifa de ônibus
O aumento da tarifa de ônibus no início de 2016 atingiu duas em cada três cidades da Grande São Paulo que contam com transporte público local, de acordo com levantamento feito pela Agência Mural.
A passagem subiu de preço em 24 cidades e foi mantida em outras 12. Três municípios da região metropolitana, Pirapora do Bom Jesus, Salesópolis e São Lourenço da Serra, não oferecem transporte municipal. Elas possuem menos de 20 mil habitantes cada.
Não houve aumento em cidades de porte médio como São Caetano do Sul, Poá, Taboão da Serra e Itaquaquecetuba. Veja no mapa abaixo as cidades que aumentaram (em vermelho) e que mantiveram o preço (em azul).
Em Poá, o prefeito Marcos Borges (PPS) anunciou no último sábado (16) que não haveria aumento na tarifa da cidade, que hoje está em R$ 3,40. A decisão não agradou a Radial, empresa que mantém a concessão do transporte no município.
Em 2014, após protestos de organizações estudantis, a prefeitura de Poá concedeu passe livre aos estudantes da rede pública, que estudem a pelo menos 1 km de distância de suas casas.
Como a cidade conta com apenas quatro linhas municipais, os moradores utilizam os ônibus intermunicipais, mais caros, para curtos percursos dentro da cidade.
Taboão da Serra não registro aumento da tarifa desde 2012. O aumento em Taboão da Serra aconteceu pela última vez em dezembro de 2012, passando de R$ 3 a R$ 3,30, em decreto assinado pelo ex-prefeito Evilásio Farias. No entanto, em janeiro de 2013 o atual prefeito, Fernando Fernandes (PSDB), revogou o decreto, mantendo o valor de R$ 3.
Em Itaquaquecetuba, a tarifa continua em R$ 3,50. Em 2015, houve reajuste de R$ 2,90 para R$ 3,50, provocando protestos que cobravam a revogação do aumento e melhores condições do transporte na cidade.
Dentre as reclamações mais recorrentes entre os moradores, está a falta de cobrador. A dupla função do motorista atrasa as viagens. A construção do BRT do Alto Tietê, obra prometida para 2015 pelo governador Geraldo Alckmin e pelo prefeito Mamoru Nakashima, ambos do PSDB, ainda não saiu do papel.
Juquitiba, onde a passagem custa R$ 2,50, Embu-Guaçu (R$ 2,75) e Vargem Grande Paulista (R$ 2,80), são as cidades com tarifas mais baixas atualmente. Nenhuma delas teve aumento.
Entre os municípios que tiveram elevação do valor, 18 seguiram a capital e fixaram o valor em R$ 3,80. Em Itaperecerica da Serra, a passagem subiu 20% ao avançar de R$ 2,50 para R$ 3.
Em Embu das Artes, a condução passará de R$ 2,90 para R$ 3,20 em 25 de janeiro. “ correção é necessária para arcar com os custos da prestação do serviço, bem como combustível e manutenção dos veículos”, disse a prefeitura por meio de nota.
(RAFAEL BALAGO, KELLY MANTOVANI, KAROL COELHO E LUCAS LANDIN).
O reajuste foi menor que a inflação e não haverá reajuste para os bilhetes Mensal, Semanal, 24h, Madrugador e DaHora. Com os aumentos de 70% da energia elétrica em 2015 e o anúncio de mais aumentos para 2016, fica impossível o Governo de SP manter congeladas as tarifas do Metrô e da CPTM, que usam a energia elétrica para fazer os trens e as estações funcionarem. Mas contra Dilma que provocou este aumento e contra o corte de 10% do orçamento do MEC o MPL não vai protestar. Por que será?
Chegaria a ser hilário – se não fosse triste – pretender igualar e comparar tarifas da Capital com os demais municípios da Região Metropolitana. Embora não se apresentem as black box das planilhas em nenhum município, é por demais óbvio que há uma diferença abissal, amazônica e oceânica entre os percursos, horários de atendimento, número de passageiros por viagem, qualidade do pavimento, tempo de viagem, salários, idade dos veículos, etc… Entendo que antes de comparar o que foi comparado, deveria-se questionar os custos das passagens nos demais municípios, que por comodidade ajustam-nos de acordo com os da Capital.
Absurdo! Jandira, cidade minuscula, com viagens de onibus que não chegam a 15 km, cobra-se 3,40! A passagem mais cara do Brasil!