Área externa da estação Pedro II do metrô causa insegurança aos usuários

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Por Alexandre Ofélio

 

Os usuários da estação Pedro II, linha 3 – vermelha do metrô, localizada à rua das Figueiras, entre os bairros da Mooca e  do Brás (na zona leste de São Paulo), estão inseguros. Além de relatos de roubos e furtos frequentes, eles dizem ter aumentado o número de moradores de ruas e usuários de crack no local. 

Para o comerciante Fabio Buhr, 48, no período da noite a sensação de perigo é maior. “Um grupo de pessoas quebrava o vidro dos carros – parados no semáforo – para roubar bolsas de mulheres. Com a ação da polícia, as ocorrências diminuíram.”

O estudante Celso Suzano, 22, diz que pela manhã a situação ao redor da estação é mais tranquila. “Na hora de ir embora, por volta das 17h, é que aumenta a concentração de moradores de rua. É muita gente aí embaixo”.

Paulo Jorge de Lima, 54, revela que está nas ruas há anos e faz coro. “A praça é sempre assim. Ou estão bebendo, ou estão consumindo drogas.”

Ambulantes comercializam alimentos e bebidas, entre outros produtos. Dentro dos banheiros, usuários do metrô e pedintes disputam o local.  

O supervisor da linha operacional Pedro Luis explica que a faixa branca no entorno serve para delimitar o espaço e a responsabilidade entre o Metrô e a prefeitura. “Eles (ambulantes) não podem ultrapassá-la para vender, mas fora da faixa é liberada a comercialização.”  Na área interna, a empresa Power Segurança, contratada pelo Metrô, tem a tarefa de manter a ordem.  

Em relação aos usuários de crack, Pedro explica que muitos migraram para a região depois da ação na cracolândia realizada pela Polícia Militar no início do ano. Segundo ele, o contato já foi realizado com o comandante do batalhão, responsável pela área, para conter o problema na parte externa da estação. Durante a semana, a Base Comunitária da Policia Militar marca presença no local. “Não é todo dia, mas já é alguma coisa.”

Para o vigilante Vicente Wilson dos Reis, 49, a ameaça é constante. “Nós estamos aqui e você não vê roubo, mas é só virar as costas que o pessoal começa a reclamar de ladrão”. Reis afirma que aparelhos celulares e bolsas são os principais alvos.

Alexandre Ofélio, 42, é correspondente da Mooca.

@alexandreofelio

aleofelio.mural@gmail.com

 

 

 

 

Comentários

  1. Isso é um absurdo, ninguém dá a devida atenção aos problemas da nossa cidade, cada dia mais morre pessoas inocentes, assaltos com frequência cada vez maior, falta de iluminação. Onde anda a policia nessas horas? Eu moro próximo, e simplesmente não saio mais de casa, não ando mais naquela região, e não pensem que é so anoite , é a luz do dia mesmo que vem acontecendo os assaltados. Fora a Pedro II teem a rua do carmo e a rua do poupa tempo, na estação da sé está o mesmo perigo, e ai? alguém vai fazer alguma coisa? não, região da paulista existe inúmeros policiais, base comunitária próxima ao parque Trianon, agora me pergunto, quem mora lá é melhor do que quem mora aqui no centro? Boa, vivemos em uma cidade totalmente desigual.

  2. Infelizmente, nós que vivemos nas proximidades dessa estação somos obrigados a conviver com a violência direta. A desastrada tentativa eleitoreira de acabar com a cracolândia da região da Luz só esparramou o problema. Bairros diferenciados, onde moram os políticos e formadores de opinião sentiram o mesmo problema mas o diferencial é que eles tiveram um aumento do policiamento permanente. Aqui quando saiu na TV aumentou o policiamento mas mera perfumaria porque passando alguns dias só é possível ver esporádico policamento.

  3. É muito triste o que vem ocorrendo nessa região. Eu e mais um amigo alugamos um apartamento na Rua Carneiro Leão no inicio de novembro de 2012, meu amigo, ja foi assaltado 3 vezes desde então. Inclusive ele reconheceu os bandidos pelo vídeo que esta circulando do assalto que ocorreu próximo ao metro Pedro II. Nessa semana, um pai de família, segurança da Congas que fica em frente ao referido metrô reagiu a um assalto e foi esfaqueado, morreu, quando passei de manhã para trabalhar o corpo estava no chão, uma cena horrível, pode acontecer com qualquer cidadão d bem que por la transita! Precisamos resolver isso o mais breve possível! Precisamos de uma base da Policia Militar URGENTE!!!

  4. Moro na Visconde de Parnaíba há um ano e, apesar de sempre achar a região perigosa, pela primeira vez estou sentindo muito medo. Tenho receio até mesmo à luz do dia. Percebo que com todo mundo é a mesma coisa, várias pessoas se aglomeram para atravessarem juntas a Figueiras e para caminharem, lado a lado, na calçada. Não apenas mulheres, todos têm medo. Esses dias, por volta das 20h, um homem tentou me assaltar e eu fiquei apavorada. Reagi, gritei muito e ele não levou o celular. Foi uma reação impensada e graças a Deus ele não estava armado. Dias depois soube do caso do senhor que foi morto a facadas porque reagiu, fiquei horrorizada. Já foi assinado um abaixo assinado para uma base comunitária da Polícia em frente ao Metrô. Aguardamos ansiosamente!!!

  5. Um absurdo fui assaltado estes dias moro na av Alcântara machado e varias pessoas do meu prédio já foram assaltados e ninguém faz nada estamos literalmente entregues

  6. Eu acabei de ser assaltado na frente do Hospital Santa magiore. Eu e minha esposa passamos todos os dias ali. Fui abordado por três meliantes com faca em punho e tomaram minha mochila, celular, ipod, etc.
    A policia demorou 15 minutos, tempo suficiente para eles entrarem dentro de uma área no Parque dom pedro. Dai entramos lá com a policia e acharam minha mochila mas nossos celulares foram levados e nunca mais……
    Conclusão, eu estou vivo !!! Mas não sei até quando pq se me pegarem sozinho, eu vou….bando de drogado sem ter o que fazer…. pq não fecham a praça? a policia poderia sumir com todo mundo de la… putz, to com ódio desses drogados…

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