Faltam lixeiras e manutenção nas praças do Grajaú
Por Flavio Munhoz
Nas periferias de São Paulo, onde as áreas de lazer são mais escassas, as praças públicas existentes têm um importante papel para o lazer e sociabilidade dos moradores.
No Grajaú, extremo sul da capital, além de poucas, as praças do distrito vivem uma situação em comum: não possuem lixeiras.
O Mural visitou dez praças no bairro e encontrou, além de muita sujeira, brinquedos quebrados e falta de manutenção.
“A gente tenta educar os meninos dizendo que jogar lixo na rua é errado e que dá enchente. Mas, no único lugar que eles têm pra brincar, não encontram onde botar o lixo! Assim fica difícil…”, diz Vitória Maria de Jesus, 64, vizinha da praça Alfredo Alves de Oliveira, que é próxima a duas escolas e não tem nenhuma lixeira.
Das dez praças visitadas, apenas duas possuíam lixeiras: a praça Waldemar Frassetto e a Yvonne dos Santos Rattis e, mesmo assim, eram as mais sujas. As pequenas lixeiras instaladas estavam completamente lotadas, apontando que a manutenção não é feita com regularidade necessária.
Segundo Marcos Crispim, 30, frequentador da praça Yvonne dos Santos Rattis, “a função da subprefeitura agora é só zeladoria. Mas nem tendo só uma função eles fazem as coisas direito.”.
A subprefeitura da Capela do Socorro, responsável pela manutenção, cobrada por moradores para a instalação de lixeiras, respondeu que não seria possível, pois nessas localidades não passa a coleta de lixo específica para praças.
“É engraçado, não se tem lixeira porque não há coleta e não há coleta porque não há lixeiras! E a população joga o lixo onde?”, diz Sibele Sousa, 29, frequentadora da praça Luiz Rattis, onde o Mural encontrou a situação mais grave. A maioria dos brinquedos estava quebrada e o mato alto servia de esconderijo para as crianças.
Nela, uma ONG realiza, uma vez por mês, a Hora do JUCA, uma ação que utiliza a praça como espaço de brincadeira para as crianças do bairro. “Todo o mês entramos em contato solicitando a limpeza. Tem mês que funciona, mas na maioria das vezes não dá jeito.“, diz Rafael Takahashi, 32, um dos coordenadores do projeto social.
Procurada pelo Mural, a assessoria de imprensa da subprefeitura não se manifestou até a publicação deste post. O serviço 156 também não possuía informações, bem o como o site da prefeitura não informava de maneira clara quando a praça seria limpa ou se lixeiras seriam instaladas.
Flavio Munhoz, 34, é correspondente do Grajaú.
@flaviomunhoz
flaviomunhoz.mural@gmail.com
Não sou morador, mas passo com frequência pela região. A gente sabe da ineficiência dos serviços públicos, mas…
Interessante, por duas vezes vi novas lixeiras serem instaladas nas ruas da região e duraram… 2 dias!
Vi também que foi feita uma bela praça, (acho que é a primeira foto) as margens de um córrego, até uma bela ponte de madeira foi feita. Muitos brinquedos diferentes e resistentes. Durou quanto?
Se foi dois meses, foi muito. Quem quebra as coisas e joga lixo nas ruas e praças?
Sabia que alguém colocaria a culpa nos moradores da região, afinal, são pobres e mal-educados… a velha cultura da pobreza Mr. Marcio.
Realmente, existe um descaso público com a manutenção das praças, porém é fato que a população não colabora a praça Yvone dos Santos Rattis, é um exemplo claro da falta de cidadania dos frequentadores, que vem de outros bairros para depredarem o local, logo que foi inaugurada os brinquedos e os tabuleiros de damas, já estavam inulilizáveis, a ponte de madeira esta toda pichada, e que realmente os lixos são pequenos, mas quando estão cheios, as pessoas não se utilizam do bom senso. Penso que tanto a subprefeitura como seus frequentadores devem contrubuir, afinal isso todo esse investimento público, nada mais é que, o dinheiro do cidadão contribuinte.
Lamentável mesmo. Moro na região e sei o quanto é difícil o lazer direcionado às crianças, e quando temos, encontra-se em situação de descaso.
por que as praças das região do Grajaú só
serve para o usuário de Droga por-risso não tem Lixeira e nem Luz para clareaá
A cidade de São Paulo é uma cidade partida.
Na verdade o Brasil é um país partido
Morei no Grajaú por muitos anos, e é triste dizer que muitas vezes as lixeiras eram colocadas, mas sempre aparecia um para destruir, não é só nas praças, no decorrer da Avenida Belmira Marin também tinha lixeiras mas destruim. Na minha opinião não adianta cobrar por falta de limpeza, de lixeira se a população não tiver educação, e educação vem de casa e na falta dela quem sabe um bom programa de Conscientização resolva a situação.
Frequento o Grajau e suas praças e também pude constatar a falta de lixeiras. Utilizo muitas praças públicas e também tenho que reconhecer a iniciativa da PMSP em recuperar e praças e equipamentos por muitos bairros da cidade. O problema da manutenção é crônico, mas não entendo porque iniciativas como a Zeladoria Comunitária não é mais estimulada pela prefeitura. A adoção de praças pela inciativa comunitária, que é muito mais comum, cria espaços públicos vazios ou pouco apropriados. Nas praças em que há zeladores da comunidades – raríssimas – os moradores e comerciantes se envolvem e se conhecem, produzindo espaços ocupados e utilizados, de fato, pelos habitantes locais. Por que não disponibilizar materiais e equipamentos às comunidades que se organizam para estimular a manutenção local da praça?
É Uma vergonha! Já ouvi falar que até cães mortos já foram encontrado nestas praças, causando mal cheiro e contaminando o ambiente.
Falar que fez uma praça é fácil agora quero ver esta praça ser realmente útil, sem manutenção e segurança não da. O resultado é sujeira, brinquedos quebrados e trafico de drogas.
Muito legal essa matéria! Parabéns! Até q enfim alguém olha para esse canto da perifa. É desse tipo de imprensa que precisamos e não desse tipo de governo que precisamos! valeu!
Moro no Grajaú desde que nasci, fiz curso no Centro Cultural do Palhaço Carequinha por um ano.
Tenho certeza que isso não é só uma tarefa de todo cidadão que frequenta as praças e como o Gilvan Francisco Santos disse, talvez não seja só culpa de usuários de droga que frequenta o local, mas sim de TODAS AS PESSOAS que passam e jogam um papel de bala, que seja! se cada um fizesse sua parte tudo seria perfeito. Mas também vem a questão dos responsáveis pela conservação do ambiente. Não adianta as pessoas jogarem seus lixos nas latas…tem que tirar a sujeira pelo menos 3 vezes por semana porque, os lixos estão no chão pelo fato das lixeiras estarem cheias e transbordando.
Querendo ou não a mairo parte da culpa é sim dos moradores, eu moror no Grjaú a 18 anos e sei como os moradores deixam o bairro, não adinata por a culpa nos politicos eles são só 10% a população que deve cuidar do seu bairro