Moradores do Butantã reclamam da falta de manutenção de córrego

Agência Mural

Por Thiago Baltazar

A poucos metros da subprefeitura do Butantã, bairro da zona oeste de São Paulo, há um córrego na avenida Pirajussara que separa a praça Engenheiro Luís Vieira de Carvalho Mesquita.

Os moradores da região se queixam da demora na manutenção em uma das margens do córrego. O lixo fica acumulado, as calçadas esburacadas e não há proteção entre a calçada e o esgoto a céu aberto. “Eu não costumo passar por lá, quando o faço, atravesso a rua”, afirmou o advogado Luís Claudio Okano, 51.

“Nas beiradas não tem segurança nenhuma, a passagem é estreita. Eu acho horrível. Eles [a subprefeitura] retiram os matinhos dos lados, mas têm que canalizar”, disse a professora Heloísa de Fátima Okano, 46, que mora na região há 15 anos.

Segundo ela, o córrego desvaloriza os imóveis, pois está bem na entrada do bairro Jardim Maria do Carmo. Contudo, os próprios moradores discordam da solução mais adequada para o problema.

Margem de córrego no Butantã fica sem manutenção da subprefeitura

O arquiteto e urbanista Valério Luchetti, 59, também morador da região, não acredita que a canalização seja a opção mais interessante. “Canalizar o rio não vai funcionar e vai dar uma condição hostil a um meio que tinha de ser puro e limpo”, afirmou.

Luchetti explicou que o córrego retira da rua a água que os bueiros não dão conta de escoar quando chove forte. “Falta consciência política para cuidar da cidade”.

Ele sugeriu, ainda, que a subprefeitura poderia organizar uma ação entre os moradores para fazer uma limpeza simbólica do rio com o objetivo de ensinar as pessoas a não jogar lixo em esgoto a céu aberto.

Em março deste ano a subprefeitura do Butantã deu início a um projeto para revitalizar sete praças da região. Dentre as melhorias, destacam-se as reformas de pisos, caminhos internos, áreas de estar, lazer e ajardinamentos de ilha asfaltada.

 

Thiago Baltazar, 23, é correspondente do Butantã
@thi_baltazar
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