Por Vander Ramos

Neste mês, o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, comemora 390 anos. Hoje, vivem na região 370 mil pessoas.

Segundo pesquisa do Datafolha de 2007, 57% dos moradores são da classe C e 32% da classe B.

O Mural esteve na principal rua de comércio do bairro, a Serra Dourada, e perguntou aos moradores quais são as principais necessidades de São Miguel.

“Acho que falta um centro cultural, com biblioteca, sala de cinema popular, teatro para grandes apresentações”, diz o jornalista Raimundo de Souza Nonato, 25.

“Gostaria que a região São Miguel fosse mais respeitada pelo poder público, pois estamos abandonados nas pontas do bairro e bem estruturado na região central”, comenta a professora Juliana Cardoso, 38

“Aqui falta um bom shopping center com salas de cinema. É vergonhoso ter que me deslocar mais de 30 quilômetros para assistir a um filme”, diz Frederico Cruz, 45, morador do Jardim Romano.

“Gostaria que a Prefeitura olhasse mais para nós durante o ano todo, pois ela só visita minha casa durante as chuvas de verão, quando está tudo alagado”, afirma a costureira Francisca Medeiros Lima, 37, do Jardim Itaim.

“Acho que falta investimentos em habitação, pois ainda moro na beira do córrego Lajeado e, desde que estou lá, já tive cinco filhos e não tenho minha casa”, diz a desempregada Cleide Gomes Silva, 28.

16 pessoas foram entrevistadas e a maioria diz que não quer mais ouvir notícias sobre alagamentos no bairro durante o verão, como acontece todos os anos.

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Vander Ramos, 51, é correspondente do Itaim Paulista.
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