Grupo de moradores pede campus da Unifesp na zona leste
Por Lívia Lima
Há quatro anos um grupo de moradores da zona leste da cidade está realizando uma campanha para mobilizar a Prefeitura de São Paulo a colaborar com a instalação de um campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) na região.
O “Movimento em prol da universidade federal da zona leste” inicialmente pressionou a administração do município a definir onde seria possível construir o campus. Desde 2010, o grupo pede que seja feita a compra do terreno de uma antiga indústria na avenida Jacu-Pêssego.
O governo federal, responsável pela construção e administração da universidade, fechou um acordo com a Prefeitura, que ficou encarregada da compra do terreno.
“O espaço está praticamente pronto, o prédio tem 28 mil metros de construção. Tem tudo para dar certo”, afirma o líder do movimento, Antonio Marchioni, o padre “Ticão”, da paróquia São Francisco de Assis, de Ermelino Matarazzo.
Segundo Ticão, a verba para a compra da área, que tem cerca de 175 mil metros quadrados, já foi reservada. Eles protestam para que seja feito o depósito, garantindo a aquisição do espaço, que já foi decretado de interesse público.
A Prefeitura não afirma que o dinheiro já esteja liberado. De acordo com a assessoria de imprensa, as negociações para a desapropriação do terreno estão em fase final, e o laudo de avaliação do imóvel expropriado foi aceito em juízo.
A zona leste de São Paulo possui mais de quatro milhões de moradores e é a mais populosa da cidade. Apesar disso, apenas duas universidades públicas funcionam na região, a Escola de Ciências, Artes e Humanidade da USP, e a Fatec Leste.
“Uma universidade do lado de casa é incentivo aos jovens, acesso à arte, à cultura, à educação, à política”, afirma o apoiador do movimento Eduardo Brasileiro, morador de Itaquera e estudante de sociologia em uma faculdade do centro da cidade.
Lívia Lima, 25, é correspondente de Artur Alvim.
@livialimasilva
livia.mural@gmail.com
Depois de atravessar a cidade todo dia por 5 anos para me formar na USP, vejo esse tipo de notícia e sinto pena. Pena desse pessoal que só quer reinvindicar e não faz idéia do esforço que é necessário para se ter um diploma de alto nível. A Unifesp tem que ir onde ela achar melhor, e quem quiser se formar, que vá atrás. ACOMODADOS.
Flavr, são de pessoas com suas idéias e seus pensamentos que o Brasil NÃO precisa. Não é porque você “sofreu” para se formar que agora tem que torcer para que todos “sofram”. O Brasil precisa mesmo expandir sua rede de ensino, e esta ação do pessoal da ZL é louvável. Estão de PARABÉNS.
Na verdade, pessoas como ele é exatamente o que o Brasil precisa. Pessoas que vão atrás, ao invés de querer tudo na mão.
Parabéns Alexandre! É assim que devemos pensar. Ninguém está sugerindo que os moradores da zona sul procurem a UNIFESP na zona leste. É por isso que os moradores da zona leste a merecem tanto.
acho ridiculo comentario de flavr. O povo brasileiro eh extremamente pobre pra se dar ao luxo de nao trabalhar ou levar 6 horas por dia de conducao pra ir ate os atuais campus. Louvavel coragem e atitude dessas pessoas que tentam mobilizar o mamute do governo inerte que somente previlegia os endinheirados. Verdadeiro ”robin-hood” inverso: tira dos pobres pra dar pros ricos.
Minha cara, parece que senhora não aprendeu nada durante estes cinco anos não é. Talvez devesse voltar a estudar e fazer o mesmo trajeto e nas mesmas condições de antes. E, caso seja implantando o referido campus, a senhora pode muito bem ficar longe dele.
Se fala bosta hein…Acho que n preciso dizer mais nada!
Pessoas como o flavr deveriam morrer com essa opinião inútil. Eu por exemplo, que moro próximo a jacu pêssego, se estudasse na USP BUtanta nem teria ônibus para voltar para casa. Expandir o ensino para a ZL é desenvolvimento e isso o governo não quer, ele que um bando de burro sem conhecimento para fazerem dele o que bem entendem. Infelizmente nem todas as pessoas tem força ou condições financeiras de se deslocar para tão longe assim e concorrer vaga com a burguesia.
Parabéns Padre Ticão e pessoal!
Burguesia do kct. Estou farta de certas opiniões falso-moralistas sobre cotas, educação, baixa do nível acadêmico e outras coisas mais…sério mesmo, eu só não temo essa casta miserável, por saber que o status que se auto atribuem é altamente e facilmente destrutível.
O Haddad tem planos para implantação da UNIFESP na Zona Leste…..é só olhar o programa de governo, aliás, quesito que deve ser obrigatório antes de se votar…analisas os programas de governo dos candidatos….
Sofri o inimaginável nos onibus da zl para USP, e por isso mesmo acho que deve haver uma melhor distribuição espacial das oportunidades de estudo e trabalho pela cidade toda. E além disso, é mais que urgente uma efetiva melhora nos transportes, em especial para areas que não contam com metrô (tornando trajetos demoradissimos, mto além do necessário).
Haddad já prometeu que se eleito vai comprar o terreno e fazer a federal!!
Pelo jeito, aqui nos comentários só tem gente que quer tudo na mãozinha, não quer se esforçar pra nada, quer tudo fácil, brasileiro é uma raça desgraçada mesmo.
É mesmo, Jose? Na mãozinha? Entendi, conte mais como uma pessoa automaticamente excluída pela geografia de uma grande metrópole, há muito dominada e gerida pela burguesia, vitimada sim pela ausência de políticas afirmativas, pode ter então, atualmente 25 anos e ter conseguido – por esforços próprios – formação superior de qualidade + pós graduação + intercâmbio em uma excelente universidade no Reino Unido, sem mamar em nada nas tetos do governo? Aliás, eu só abro o debate para dizer abertamente e largamente: cuidado com o solo onde tenta fertilizar suas ideias nefastas.
Esse tipo de comentário só reflete o quanto a classe média paulistana ainda vive sob uma lógica mesquinha, em que teme “perder tudo o que conquistou com trabalho duro” para as classes mais baixas. Infelizmente essa miopia só faz obscurecer qualquer debate sobre a inclusão da periferia no circuito educacional, social, econômico e cultural de São Paulo.
Sobre a luta pela Unifesp na ZL, é só mais um exemplo da falta de compromisso e vontade política da atual gestão da cidade. Que sirva de alerta neste período eleitoral!
São deploráveis os comentários onde diz que nós que lutamos pela universidade federal da zl e moradores da zl, somos acomodados. Pelo contrário, é por estarmos incomodados com a falta de educação é que não desistimos dessa bandeira! Bando de elite que não liga para a periferia.
‘ah, desculpa aí viu, educação é para alguns… quem disse que pessoas que moram na Zona Leste precisam de ensino, saúde, habitação??? O que seria dos burgueses sem os menos favorecidos? Em quem eles pisariam, fariam comentarios maldosos, não é mesmo? Aliás, isso incomoda DEMAIS a classe burguesa: Ver as pessoas melhorando seu padrão de vida, querendo estudar, ter um carro, uma casa..acham que isso é privilégio DELES, senhores de sangue nobre. Pobreza na verdade não está relacionada a ter ou nao dinheiro e sim, boa moral e educação. Essa bloqueira mesmo, Srta. Livia Lima a qual redigiu o texto é amiga minha, mora no mesmo bairro que eu, se formou na USP e Mackenzie (bolsista), linda, inteligente, trabalha para a Folha… e mora na ZL.. OU seja,,,,, reveja seus conceitos, burgueses de m#%¨!
GENTE, eu sou completamente a favor da expansão do ensino superior público e de qualidade. São Paulo ainda sofre muitas carências nesse sentido, com apenas duas universidades públicas, USP e Unifesp. O resto é autarquia ou universidade privada.
Como estudante da Unifesp, acredito que todos tenham conhecimento sobre as carências que a universidade vem sofrendo desde 2008, então defendo que antes de construir um novo campus, que o governo público e a reitoria da universidade estudem melhorar os já existentes! Os campi existentes sofrem de carência de docentes, infra-estrutura, RU, transporte, segurança, além de outras coisas não-mencionáveis aqui.
Não adianta inaugurar outros campi como se fossem shopping centers esperando que isso vá resolver o problema dos “70% que têm diploma de ensino superior e sofrem com carências de escrita e leitura no país” sem manterem os antigos. Essa é a maior crise que a Unifesp enfrenta desde 2010: “abrir campi em todos os lugares e ‘esquecer’ dos existentes.”
Depois disso, vocês acham mesmo que a solução é criar campi?
– Deixo meu site para quem quiser se informar sobre o assunto –
DEPOSITA JÁ KASSAB, voce já prejudicou a cidade não disponibilizando areas para a construção de 172 novas creches, facilitou a construção do ITAQUERÃO, NADA CONTRA, mas o que é 64 milhões de reais comparados com os valores dos incentivos fiscais liberados para o estadio. A construção do campus da UNIVERSIDADE FEDERAL trará muitos outeros investimentos para a região de itaquera e zona leste, alem de beneficiar milhares de trabalhadores e filhos de trabalhadores contribuindo para o progresso desta cidade e região.
Parabéns ao Padre Ticão e ao movimento. É possível que muitas pessoas que participem já estudam ou se formaram em outro lugar, não precisam ser beneficiados, mas mesmo assim batalham para que a universidade seja construída, ajudando outras pessoas da região em que moram.