Moradores da Penha falam sobre a história do bairro e perspectivas de desenvolvimento
Por Marina Lopes
A Penha, na zona leste de São Paulo, comemora 345 anos neste mês. Segundo Francisco Folco, 60, fundador do Memorial da Penha e estudioso da história da região, o bairro teve sua origem fortemente ligada à religião.
Ele conta que, até pouco tempo atrás, o comércio local ainda trazia características desse passado. “Os primeiros empreendimentos eram voltados para o turismo religioso. Casas de velas, lanchonetes, restaurantes e estúdios de fotografia, por conta de batizados, festas e casamentos”.
Leila Abbud, 78, moradora do bairro desde o nascimento, lembra-se de muitas romarias e pessoas que vinham para a Penha pagar promessas. Isso explicava a existência de muitas casas de vela nas principais ruas. “Agora não tem nenhuma, apenas dentro da igreja”, diz ela.
Segundo dados do Censo 2010, a região possui cerca de 127 mil habitantes, divididos nos subdistritos da Penha de França, Vila Matilde, Cangaíba e Artur Alvim.
De acordo com a pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo, a subprefeitura da Penha ficou em 13° lugar no índice de satisfação geral relacionada à qualidade de vida em São Paulo. Segundo os moradores, ainda existem muitos problemas que devem ser resolvidos para que a região consiga se desenvolver nos próximos anos.
Entre um dos pontos mais críticos, está a situação dos equipamentos culturais. Segundo Júlio César Marcelino, 45, articulador social do Movimento Cultural Penha, os espaços públicos e privados existentes são poucos, insuficientes e inadequados.
Atualmente, na Penha existe a Casa de Cultura composta pela Biblioteca José Paulo Paes e o Teatro Martins Penna, ambos ainda em reforma. “Se imaginarmos que 5% da população da região são frequentadores desses equipamentos já seriam insuficientes”, lembra Marcelino.
Para João Paulo Magalhães, 31, professor de português, a falta de moradia adequada em alguns locais, como o viaduto da Penha, e a segurança são outros dois problemas do bairro.
Durante o primeiro semestre de 2012, o Distrito Policial da Penha de França registrou 1.700 furtos e 1.139 assaltos, de acordo com as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública.
Além de segurança, moradia e cultura, o estudante de Fisioterapia, Tawy Anderson, 19, afirma que um dos grandes desafios para região é o investimento em novas construções. “O bairro da Penha, arrisco dizer, é um dos mais antigos e conhecidos da zona leste e, justamente por isso, é que precisaria renovar, há muito espaço parado por aqui”.
Marina Lopes, 20, é correspondente da Penha.
@marina_lopesmf
marinalopes.mural@gmail.com
Para que o bairro da Penha tenha progresso, sugerimos que seja colocado alguem com experiência comprovada a frente da Subprefeitura da Penha e que seja Penhense de fato, e que o bairro não fique a mêrce de políticos que usem a boa fé do povo penhense para uso próprio.
Pessoal, o povo fala mta coisa ruim da zl, mas gosto mto do bairro da Penha, realmente precisa ser um pouco mais desenvolvido, acho que um bairro que ainda tem as características de antigamente poderia ter mais restaurantes, ao invés de barracas na Av. Penha de França ,poderia ter galerias,pois a sujeita é grande qdo eles desfazem suas barracas, poderiam colaborar com a limpeza. Achei a idéia do Cláudio mto boa.
Ola sou morado da região da Penha, sempre gostei de morar aqui,alias ainda gosto. Mas é preciso desenvolver esse bairro, pois a degradação é muito grande. Não deveriamos perder a essência nas coisas. Vamos lutar para melhor o nosso bairro. O bairro tem setores que devem ser mais desenvolvido e avaliado de perto. Só assim os penheses terão mais valor.
tatianepessona@gmail.com
Estudei no Ateneu Rui Barbosa desde o curso de admissão até o curso Científico . Foi uma época maravilhosa da qual sinto muita saudade. Gostaria de ter notícias dos colegas dessa época.
praticamente minha vida toda eu cresci na PENHA DE FRANÇA, atualmente resido no interior, porem jamais me esqueci donde cresci, PENHA MINHA VIDA.