Problemas com a Justiça trazem dúvidas às eleições de Osasco
Por Paulo Talarico
Na reta final da campanha eleitoral em Osasco, cidade da Grande São Paulo, os moradores ainda têm dúvidas sobre em quem irão votar. Porém, a indecisão vai além de qual é o melhor programa de governo. Isso porque os candidatos com maiores chances de vitória, segundo as pesquisas eleitorais, tiveram problemas na justiça.
Primeiro foi o deputado federal João Paulo Cunha (PT), que desistiu da disputa após ter sido considerado culpado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão.
No seu lugar, assumiu Jorge Lapas, que era o vice da chapa. “Mudou, né? Também não sei quem ficou no lugar dele”, diz o pintor José Rodrigues, 65, morador do Jardim Três Montanhas, na zona norte da cidade.
Líder no último levantamento do Ibope, feito entre os dias 11 e 13 de setembro, o deputado estadual Celso Giglio (PSDB) teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa, por causa de irregularidades na prestação de contas de sua segunda gestão como prefeito de Osasco, em 2004.
“Os caras daqui podiam agir certo, agora, fica uma indefinição. Você vota, eles aprontam e o eleitor fica com cara de trouxa”, reclama o aposentado Manoel de Sales Vilela, 82, morador do Jardim Jaguaribe, na zona sul.
Segundo o TRE, a campanha de Giglio pode continuar, pois o candidato entrou com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, não há prazo para o julgamento. A decisão pode vir, inclusive, depois da votação em 7 de outubro, o que tornaria os votos no candidato inválidos até a decisão da corte.
“Eu acho que atrapalha. Às vezes você está com vontade de votar em ‘fulano’ e isso complica, mas a gente arrisca, não é?”, afirma Vilela.
Caso o recurso seja negado depois do primeiro turno, caberá a uma nova decisão judicial definir se serão eleitos os demais candidatos ou se será necessária uma nova votação.
Em contrapartida, há eleitores que não se importam com o problema, principalmente, pelo descrédito com os candidatos. “Nunca ninguém vem aqui tomar providências. Nem limpar essas ruas eles limpam. Só aparecem no tempo da eleição”, reclama o armador José Geraldo Souza, 63, morador do Jardim Três Montanhas, no extremo norte do município.
E eles têm aparecido, principalmente, por meio de caminhões e carros com alto-falantes, nos quais Celso Giglio afirma ser vítima de calúnia: “Estão dizendo até mesmo que fui cassado”. Enquanto do outro lado, o depoimento do ex-presidente Lula é usado para tornar mais conhecido o candidato petista.
Os outros concorrentes em Osasco são Osvaldo Vergínio (PSD), Délbio Teruel (PTB), Reinaldo Mota (PMN) e Alexandre Castilho (PSOL).
Paulo Talarico, 22, é correspondente de Osasco.
@PauloTalarico
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EM OSASCO FICAMOS COM O DR. CELSO GILGLIO, E NÃO MAIS COM QUADRILHAS DE LADRÕES, AS URNAS VÃO FALAR MAIS ALTO
A eleição de Osasco é patética,deixando os eleitores com pouquíssimas opções de voto.Até para vereadoe as coisas andam complicadas.Os candidatos não cumprem a lei eleitoral,sujam as vias públicas,não obedecem os prazos estipulados para fazerem propaganda eleitoral.Tem candidato que continua fazendo campanha mesmo já sendo proibido.Como o eleitor vai confiar numa pessoa dessa?
Já votei muito no PT aqui de Osasco,mas com o que vem acontecendo está difícil voltar a confiar.O partido,infelizmente anda abusando do poder econômico ,é o partido com a propaganda mais forte da cidade,até DVD eles andam enviando para a casa das pessoas.Um abuso só.
ta fei mais vou de lapas
realmente dificil diante de tanta comfusao omenos pior e lapas