Em entrevista, Paulinho fala de suas propostas para a periferia
Por Flavio Munhoz
O blog Mural, que em novembro completará dois anos hospedado na Folha, ouviu sete candidatos a prefeito de São Paulo sobre alguns temas relacionados às periferias da cidade. As perguntas são as mesmas para todos os candidatos.
Neste domingo, é a vez do candidato Paulinho da Força (PDT), entrevistado por email.
Mural – Grande parte dos equipamentos culturais públicos está na região central de São Paulo. Você tem algum projeto para levar mais equipamentos culturais para as periferias da cidade?
Paulinho – Vou promover e estimular manifestações culturais aproveitando equipamentos e espaços públicos, como bibliotecas, Casa de Cultura, teatros, CEUs, centros culturais e escolas nos fins de semana. Em parceria com o governo do Estado, vou ampliar os espaços e as ações culturais na cidade.
Com o crescimento do número de carros na cidade, o trânsito nos bairros da periferia piorou também. Em alguns casos, os dados sequer são medidos pela CET. Você tem alguma proposta para enfrentar este problema?
A questão do trânsito está diretamente relacionada com a qualidade do transporte público e no planejamento urbano sustentável da cidade. Realmente há uma enorme diferença no trânsito entre determinadas regiões e horários. Por isso, vamos levar o emprego para perto da casas das pessoas, com incentivo de ISS e IPTU para as empresas que estiverem ou se mudarem para a periferia. Com isso, vamos levar dois milhões que hoje estão no centro para a periferia. Vamos também construir corredores de ônibus nas marginais, melhorando o trânsito.
Qual é sua proposta de política habitacional para moradores em áreas de risco? Qual vai ser a primeira medida?
Minha primeira medida será a de começar a legalizar as moradias irregulares, dando de preferência, o título para a mulher. Vamos também promover um programa habitacional a ser desenvolvido nos pequenos e médios terrenos ainda disponíveis em São Paulo, espalhando as moradias populares de forma homogênea por toda a cidade.
Há grandes distritos das periferias que não têm leitos hospitalares e o atendimento básico de saúde é precário. Como pretende mudar essa situação?
Vou contratar da rede hospitalar privada até três mil leitos que, somados aos existentes, totalizarão 5.700. Isto equivale a 15 novos hospitais de médio porte. Quanto ao atendimento básico, se dará preferencialmente por meio de programa Saúde da Família. Para tanto, vou contratar 1.200 equipes que somadas às existentes darão cobertura a praticamente toda a população SUS dependente de São Paulo.
Na atual administração, as subprefeituras perderam boa parte de suas antigas atividades. Ficaram, basicamente, com serviços de zeladoria. Como funcionarão as subprefeituras se você for eleito?
Vou, após o primeiro de ano de governo, eleger os subprefeitos pelo voto direto da população de cada subprefeitura. Vou implantar a gestão de desenvolvimento local integrado e sustentável em cada subprefeitura, com os recursos necessários para executar o programa regional estratégico de cada subprefeitura.
Como planeja reverter os benefícios da Copa do Mundo para os moradores locais?
A população que receberá o melhor legado da Copa de 2014 em São Paulo será da zona leste. A prefeitura deve aproveitar e integrar ao estádio de Itaquera à implantação da operação urbana Rio Verde Jacu, que promoverá o desenvolvimento de toda zona leste. É preciso também incentivar as empresas e indústrias da região, gerando emprego e renda.
O transporte público é uma das granes reclamações dos moradores da periferia. Ônibus que atrasam, que não passam, a lotação. Quais as suas propostas para melhorar a situação?
A cada cinco anos a frota de ônibus deverá ser renovada com ônibus que utilizem combustíveis de fonte renováveis. Vou implantar 200 quilômetros de corredores de ônibus, sendo que os articulados e biarticulados deverão circular em corredores exclusivos, com semáforos inteligentes e interativos com os ônibus, que permitirão passagens pelos cruzamentos de ruas sem obstáculos.
Para ler a entrevista com Gabriel Chalita (PMDB), clique aqui.
Flavio Munhoz, 34, é correspondente do Grajaú.
@flaviomunhoz
flaviomunhoz.mural@gmail.com
Prá que ouvir os “planos de governo” desse candidato? Ele só se candidatou para negociar seus pouquissimos votos num candidato que vá pro segundo turno… E é assim com os demais, descontados o Russomanno, Serra, Haddad e Chalita… Todos querendo uma boquinha junto ao próximo prefeito. Podem saber que todos esses anti-candidatos darão seu apoio, pequeníssimo, ao candidato que tiver mais condições de sair vitorioso no segundo turno!!!