Candidatos a vereador fazem debates na periferia
Por Bianca Pedrina, Jéssica Moreira, Lívia Lima e Vander Ramos
Enquanto a televisão e os jornais priorizam os debates dos candidatos à prefeitura de São Paulo e dão destaque para seus trajetos e para as pesquisas eleitorais, aqueles que pretendem assumir um cargo na câmara de vereadores têm encontrado nas periferias opções para apresentar suas propostas.
No dia 20/9 aconteceu no salão da paróquia N. Sra. do Carmo, em Itaquera, zona leste da cidade, um debate com alguns candidatos ligados à região.
“Eles são conhecedores do bairro, podem fazer por nós”, afirma Jéssica Santos, 24. “É importante esse espaço porque sempre focam nos debates para prefeito e o legislativo sempre fica para segundo plano”, comenta Volnei Gonçalves, funcionário público.
Em Perus, na zona norte, o espaço da Comunidade Cultural Quilombaque recebeu cerca de 50 pessoas na noite fria de 28/9: houve um debate entre candidatos a vereador e a população do bairro.
O eleitor teve a oportunidade de fazer perguntas e conhecer um pouco mais sobre as propostas. Mais do que isso: os habitantes de Perus e região puderam discutir política e entender a sua importância para melhorar o lugar onde moram.
“Essa iniciativa é importante para a população saber o que eles [vereadores] pretendem fazer ou o que conhecem sobre o bairro”, diz o ator Rodolfo Luís Vetori, 27.
Em ambos os debates, um dos temas recorrentes foi como os pleiteantes ao cargo do legislativo se propunham a combater a corrupção na política.
“A comunidade deveria dar mais valor à figura do vereador. A população não tem interesse ou acesso. Ou a divulgação fica muito restrita. A eleição precisa criar essa prática de debates entre os candidatos. O ideal é levar às escolas, para atingir a massa”, avalia o professor de filosofia, Dimas Jaime Trindade, 56.
“Um debate permite que os eleitores possam discutir propostas e conhecer de perto os candidatos, pois, afinal de contas, gostando ou não de política, são estas pessoas que, se eleitas, terão o poder de decisão de quase tudo em nossas vidas”, diz José Soró, coordenador do Quilombaque.
Padre Paulo Bezerra, da paróquia N. Sra. do Carmo de Itaquera, também acredita que é muito importante a comunidade se apropriar de espaços como o de sua igreja para a promoção de discussões políticas. “Quem sai ganhando é a democracia, com a visão de que a política é necessária”.
Bianca Pedrina, 27, é correspondente de Taipas.
@pedrita
biancapedrina.mural@gmail.com
Jéssica Moreira, 20, é correspondente de Perus.
@gegis00
jessicamoreira.mural@gmail.com
Lívia Lima, 24, correspondente de Artur Alvim.
@livialimasilva
livia.mural@gmail.com
Vander Ramos, 51, é correspondente do Itaim Paulista.
@vander521
vander.mural@gmail.com
Estive presente no debate, e senti de perto o quanto as pessoas são carentes de informação sobre as questões dos vereadores, tenho um trabalho no bairro de inclusão social a 14 anos, pintei uma pista de atletismo na rua que foi tema de diversos meios de comunicação, inclusive da própria folha e várias emissoras de TV’s, tentamos conscientizar que a política deve ser feita para o povo, porém muitas vezes a população por falta de informação acabam votando em qualquer um. Forte abraço.
Parabéns a toda Paróquia Nossa Senhora do Carmo a Pe Paulo um ícone para itaquera e para o mundo. A toda liderança da juventude que desponta em especial ao nosso ancora Eduardo Brasileiro. Quem ganhou fomos todos nós moradores de Itaquera que conhecermos um pouco da vida dos candidatos e as expectativas para essa função pública tão importante.