Córrego a céu aberto causa transtornos a moradores da zona norte
Por Francine Matovani e Priscila Gomes
Quem anda pelas avenidas Coronel Sezefredo Fagundes, Antonelo da Messina e Ushikichi Kamya, na região do Tremembé, zona norte de São Paulo, sente o mau cheiro que vem dos córregos. Em dias de sol forte, o cheiro fica mais forte.
Os córregos, que correm a céu aberto, vêm trazendo prejuízos à população há muito tempo. “Moro aqui há 45 anos e sempre tivemos problemas com esses córregos, principalmente nos meses de chuvas fortes. Só vejo fazerem a limpeza em época de eleição”, comenta o aposentado Flávio Viana Sales.
Segundo a subprefeitura do Jaçanã, existem estudos de drenagem das bacias da região. O objetivo é eliminar as enchentes. No projeto, estão a canalização e a implantação de reservatórios de amortecimentos das cheias, os chamados piscinões.
A subprefeitura ainda afirma que a limpeza dos córregos é feita periodicamente e que as últimas ocorreram em 28/8 e 30/9.
“Aqui, quando chove sofremos muito, entra água até dentro das casas. É preciso suspender os móveis com tijolos e, mesmo assim, às vezes não adianta”, diz Teresa Rosa Cardoso, assistente de limpeza, moradora do bairro há 40 anos.
No bairro do Jardim Peri, também na zona norte, a situação não se mostra muito diferente. A dona de casa Maria José Oliveira, 44, mora ao lado de um córrego há mais de 30 anos, na rua Antônio Dias da Silva. Ela relata: “desde que me entendo por gente, a prefeitura diz que vai canalizar este córrego, fazer um piscinão. Até agora, nada. Eles vêm limpar a cada seis meses, mas não adianta. Da última vez que vieram, passou um trator que quebrou os canos. Piorou.”
O Mural entrou em contato com a subprefeitura da Casa Verde, por e-mail e por telefone, mas não obteve resposta sobre a situação dos córregos da região do Jardim Peri.
Francine Mantovani, 28, é correspondente da Pedra Branca.
@franmantovani
francine.mural@gmail.com
Priscila Gomes, 28, é correspondente de Vila Zilda.
@prigomes1983
priscilagomes.mural@gmail.com
Será que as construções são regulares? Quem é que joga esse monte de lixo nesse córrego? Onde estará ligado a rede de esgoto das casas perto do córrego? Se a administração pública tivesse atuado quando devia isso não teria acontecido.
Não existe rede de esgoto nas ruas Domingos José Sapienza e Antonio Dias da Silva, no Jardim Peri, João, pelo menos na parte das casas que passam pelos córregos, e o que é mais chocante é que a Sabesp cobra o esgoto como se existisse na conta da água.
O córrego esta aí há pelo menos 500 anos, a 2ª foto é clara, o pessoal invadindo o espaço do córrego, daí, as enchentes e a invasão de água nas casas, e os esgotos sendo despejados no mesmo, é só ver aquele cano ali, daí, o mau cheiro, quem deveria reclamar é o córrego, ele não gera toda aquela sujeira que esta nele.
É triste quando leio reclamações sobre córregos. O problema não é o Córrego, mas justamente a ideologia de quem mora ao redor (a população em geral). Em São Paulo definimos “Córrego” como sinônimos de um caminho de água suja, quando deverísmos implantar o conceito correto de água limpa. Desta forma , a população não desejaria atividades como ”… a canalização e a implantação de reservatórios de amortecimentos das cheias, os chamados piscinões…”. A sujeira que corre nos corrégos é um fruto maior da cultura e falta de educação(consciência) da população do que a falta de limpeza, a citar das inúmeras ligações clandestinas aos córregos. A água não tem mais por onde escorrer. Em menos de 100 anos trocamos um córrego limpo pelo combate a enchente como políticas de melhoria da qualidade de vida, sem qualquer preocupação com a sustentabilidade. Enfim.
Embora a conservação do córrego dependa da educação e cultura da população, é necessário que eles sejam canalizados pelo menos para evitar a erosão das margens. Em um trecho do córrego Tremembé no Jaçanã zona norte isso foi feito. Ele foi canalizado com gabiões, uma espécie de gaiola quadrada preenchida com pedras que servem para conter a erosão.
Córrego a céu aberto é uma coisa normal, muito mais que um córrego canalizado. O que é errado é esse povinho construir em cima dos mesmos, sem recuo nenhum, despejar seus dejetos nos mesmos, e ainda vir exigir seus “derêitchios”.
Que, em troca de votos, os políticos prontamente se desdobram para atender, intercedendo junto aos fornecedores de serviços, para que essa turma os consga de graça.
Lorenzo,
Lamentável o seu comentário… O problema vai muito além do que sua inteligência pode chegar.
O problema não é o córrego, e sim as pessoas que não souberam respeitá-lo
Moro na zona norte! Fico mais triste na época de eleições. Lembra da veriadora Maria Helena que perdeu o poder mediante corrupção, ela se elegeu prometedndo canilizar este corrego do Peri. O maior transtorno é quando chove a Av Elza Guimarães por onde este corrego passa fica intransitavel.
Fica intransitável mesmo Alfredo, ninguém entra nem saí de casa, as pessoas chegam a perder dias de trabalho por não conseguir passar tamanha a força da água, que sobe mais de um metro, filhos de moradores chegam a ficar sem conseguir ir a escola, além de perderem móveis e correrem risco de vida.
Vocês que são Paulistinos que se entendam eu digo isto os paulistas ja abandonaram a sua cidade faz tempo.
As administrações públicas, que sempre se disseram ao lado dos trabalhadores, sempre foram a favor das invasões.
A igreja sempre vez vistas grossas porque a população tinha que ter seu lar.
Porque agora ela não esta lá tirando as famílias dessa situação.
Os grileiros ganharam muito dinheiro com a venda irregular desses lotes.
Que tal parar de dar um monte de bolsa família e por esse povo pra trabalhar.
A culpa de todo não tem toda o governo e sim a população das favelas,eu respeitaria os que vivem nelas se pelo menos respeitassem ao seu redor,pode ver a 1º foto,lixo e mais lixo no corrego e tirado pela propria população e depois vem reclamar do mau cheiro,isso é logica se joga lixo ,vai cheirar lixo.
É preciso entender que o proprietário do local não quem possui a escritura, ou paga IPTU, tampouco é a Prefeitura ou Estado, etc. O dono do leito excepcional do córrego é o próprio córrego. O córrego é o legítimo proprietário do local. Na época de chuvas ele entra com a reitegração de posse.
Concordo … é uma pura falta de absurdo deixarem rios como o Tietê e o Amazonas correrem a céu aberto. Absurdo!
A cada dia mais eu me convenço que o Brasil é uma África ou uma Índia. Isso aqui é em SP, imaginem o resto país. Saneamento básico, Educação e Saúde neste país é igual a esses córregos. Governos omissos e população mal educada e porca! Quem já viveu em pais civilizado sabe o quanto somos povinhos! Nosso país é excelente, mas os seus cidadãos…
É o clássico problema de todas as grandes cidades: as pessoas invadem as margens dos córregos, constroem irregularmente a centímetros das margens, jogam toda espécie de lixo e esgoto pra depois culparem o poder público por descaso. O córrego já estava lá há séculos, o que é recente é a favelização do local, à qual, me parece que o brasileiro já se acostumou. Não existe qualquer preocupação com urbanização nesse país. A ocupação a pelo menos 40 metros da margem do córrego deveria ser proibida, doa a quem doer. Porém, por aqui se faz vista grossa às leis e tudo continua como está, pois é mais conveniente.
MORADORES CAUSAM TRANSTORNOS AO CÓRREGO DA ZONA NORTE, assim é que deveria ser escrito e entendido. Essa briga do homem contra a natureza, advinhem quem vai perder!
Córrego a “céu aberto”!?!? Ainda bem né!! Agora tratam córregos como se fosse esgoto a céus aberto hahaha Não que não existam alguns córregos naturalmente subterrâneos, mas claramente não é o caso. Galera é lei a muito tempo que as margens dos corpos d’água devem ser protegidas por vegetação, a mesma coisa de sempre, ou a lei só vale para os produtores rurais!?
As prefeituras tem que ter um zoneamento ambiental bem estruturado e tirar o pessoal daí e não simplesmente canalizar alguns córregos e drenar o resto, fazer piscinão!! Rio canalizado é rio morto!
Boa noite li sobre as reclamaçoes de falta de limpeza dos corregos estou com o mesmo problema com o corrego da av antonelo de messina ja pedi dezassoriamento mas els só sabem cortar o mato nas beiras do corrego,já faz mais de 20anos que enfrento o problema de enchentes, não sei mais onde reclamar.
Em virtude da chuva no mês de março 2014, casa da R: Vieira de melo 608, desabou em virtude do córrego do tremembé a defesa civil foi até o local interditou a casa, disse que precisava fazer obras no córrego já se passaram 3 meses e nada aconteceu, peço ajuda para sanar esya situação.