No Jardim Helena, avenida vira ponto disputado pelo comércio

Agência Mural

De cada dois imóveis da avenida Oliveira Freire, no Jardim Helena, zona leste de São Paulo, um deles é ocupado por algum tipo de comércio. O crescimento do número de lojas e de prestadores de serviços na via se deu especialmente nos últimos quatro anos, período em que um banco e um hipermercado abriram unidades ali.

Uma das empreendedoras que chegaram há pouco tempo foi Lilian Lancioni, dona de uma loja de moda feminina evangélica aberta há dois meses. “Escolhi este lugar porque a rotatividade de pessoas é maior. É difícil encontrar lotes disponíveis, porque as pessoas ficam na espera”, diz.

Avenida Oliveira Freire é via de ligação para o centro da cidade e a região de Itaquera

A mudança de comércios é freqüente, onde hoje é a loja de Lilian já funciounou um bufê. “Este lugar vai virar um “centrinho”, prevê a lojista.

A multiplicidade de opções de lojas é também uma forte característica. Há opções de cabeleireiros a oficinas mecânicas. Luzinete Cosme de Lima reside no bairro há 40 anos e é dona de um pequeno mercado desde 1998. “Quando vim morar aqui não tinha nada, não tinha banco e nem asfalto, isto aqui era só mato”, diz ela, que veio do Rio Grande do Norte, caso comum na região. “Na época em que comprei este terreno era barato, por ser um loteamento novo. Aqui evoluiu bastante”, analisa.

Pontos de comércio são bastante disputados na avenida

A Oliveira Freire conta com oferta razoável de transporte público. Passam por ali ônibus com destino a Itaquera e ao terminal Pq. dom Pedro 2°, no centro da capital.

Entretanto, com o avanço do comércio, muitos moradores não saem mais da região para encontrar produtos. “Hoje não precisamos usar o transporte para fazer compras, tudo está aqui”, diz, Miriam da Silva, moradora do bairro há 22 anos.

Na zona leste, 55,2% dos moradores são da classe C, segundo estudo do Sebrae. E esta mudança é facilmente diagnosticada, “A economia mudou, as pessoas têm mais condições que antigamente. Tudo que eu preciso está aqui, não preciso me deslocar para adquirir mais nada”, afirma Míriam.

Karoline Maia é correspondente do Jardim Helena.
maia.mural@gmail.com