Em Santana, unidade da AACD pode fechar por falta de demanda
A unidade da AACD (Associação de Assistência a Criança Deficiente) que funciona na escola estadual Buenos Aires, em Santana, zona norte de São Paulo, pode ser fechada por falta de alunos, segundo afirmaram pais de alunos à reportagem do Mural. Em 2010, a unidade atendeu 53 alunos. O número caiu para 46 em 2011 e para 29 em 2012. Neste ano, 15 alunos se inscreveram, o que foi suficiente para montar apenas uma turma.
A AACD atende estudantes das quatro primeiras séries do ensino fundamental, por meio de um convênio com a Secretaria Estadual de Educação firmados na década de 1970. A única turma exclusiva para alunos com deficiência é multisseriada, com estudantes de várias séries em um mesmo espaço.
A unidade conta instrumentos de apoio pedagógico, funcionários capacitados para realizar transporte de cadeirantes de um ambiente para outro e possui computadores em todas as salas de aula.
Quando um aluno termina a quarta série na unidade da AACD, há transferência para as salas regulares da EE Buenos Aires.
Um levantamento feito pela Secretaria Municipal das Pessoas com Deficiência em 2008 mostra que há 2.300 crianças com algum tipo de deficiência em idade escolar fora da escola. O levantamento compreende os munícipes que recebem o BCP (Beneficio de Prestação Continuada), que paga o valor de um salário mínimo aos deficientes de baixa renda.
O número pode ser ainda maior, pois a própria secretaria admite uma “grande dificuldade” em localizar pessoas na mesma situação que não estão cadastradas.
A diretora-geral do setor escolar da AACD, Elaine Lemos, 38, disse em entrevista ao Mural que o processo de queda de alunos na unidade é natural, não só da AACD, mas em todas as escolas especiais, devido à inclusão destes estudantes nas escolas públicas.
“É um processo que facilita muito para que os pais consigam matricular o aluno próximo a sua casa.”. Elaine ressalta que todo esse processo é feito em consonância com a família quando se trata de paciente da instituição. Hoje, 100 % dos pacientes que passam pelo setor de pedagogia estudam em classes regulares.
Em nota tanto a associação quanto a secretaria negaram a intenção de fechar a unidade. A AACD diz que se não houver demanda por matriculas até o final do ano, os funcionários serão absorvidos por outras unidades.
Raphael Preto, 18, é correspondente da Vila Guilherme.
raphaelpreto.mural@gmail.com
É um absurdo essa situação…tentei por várias vezes conseguir vaga na escola para o meu filho Raphael, portador de paralisia cerebral, (moramos no bairro do limão) e NUNCA consegui vaga e agora leio essa matéria! Acho errado ser da 1ª a 4º série, deveriam colocar outras séries para as pessoas que realmente precisam ter acesso a essa escola!
Bom dia!
Hoje lendo a materia que foi publicada no dia 14/03/2013, vejo a hipocresia das pessoas. Nunca houve falta de alunos especiais para esta unidade, muito pelo contrario, falta, segundo a direção é vaga.
Qualquer mãe que procurou esta unidade pode constatar tal fato. E as poucas que tinham foram mandada para escola regulares, mesmo tendo um laudo tecnico das fisioterapeuta, informando que o grau de deficiencia, destas, não permitia a frequencia nas escolas regulares, pois estas não tem qualquer estrutura e nem profissionais especializados para acompanhar e atender as necessidade delas Essas crianças especiais necessitam, não so apenas do acompanhamento pedagogico como tambem o tratamento fisioterapeutico. Agora eu pergunto a diretora Elaine Lemos. Que ela dê um nome de uma Escola Publica que tenha estrutura para atender essas crianças, não quero nem estrutura fisica, vou ficar no mais facil! Quero que ela mostre estrutura profissional. Srª Elaine Lemos, como diretora de um instituto com a estrutura e o renome que tem a AACD, a senhora deveria estar mais informado com relação ao destino desta crianças. Se acaso não sabe, parte destas estão fora das salas de aula e consequentemente sem o tratamento fisioterapeutico, a outra parte, estão frequentando mais sem qualquer estrutura que possa atender as suas verdadeira necessiadade o tratamento nem existe! Essas crianças são posta em sala de aula com alunos regulares jogados num canto da sala entregue a propria sorte, servido de painel politico pra um prefeito arogante e incoerente,querendo fazer vale, aqualquer custo, a sua teoria infundada sem quaquer base pratica. Senhores vamos deixar de lado a hipocresia! Temos que ser praticos pois o modelo de inclusão social imposto é utopico existe questões dentro deste paradigma que tem que ser discutido e ouvido por todos. Colocar crianças ESPECIAIS a mercê da propria sorte não é o caminho!. È o caminho de pessoas arrogantes como essas que ai se encontram! Encher as escolas Publicas de Crianças Especiais sem que pra isso faça uma reestruturação do sistema que ora ai estar, é pura Politicalha! Não podemos admitir o uso destas crianças como plataforma de governo.Chega!!! Por que esta inclusão nos mildes que esta tem se tornado EX!
Marcos Araujo