Estreia da Fábrica de Cultura do Jaçanã tem apresentação e presença de Alckmin

Agência Mural

Inauguração da Fábrica de Cultura do Jaçanã tem apresentação de grupos locais e presença do Governador

Aberta desde o último dia 5, a Fábrica de Cultura do Jaçanã é a oitava a entrar em funcionamento. A inauguração oficial ocorreu no sábado (16) com a presença do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e o secretário da Cultura, Marcelo Araújo.

Todas as fábricas foram construídas em bairros com alto índice de vulnerabilidade juvenil (IVJ). O índice vai de 0 a 100 pontos. Quanto mais alto, mais propenso está o jovem a cometer ou ser vítima de algum problema que possa afetar seu desenvolvimento.

A Fábrica de Cultura do Jaçanã conta com uma biblioteca para os visitantes

O público-alvo dos espaços são crianças e jovens de 8 a 21 anos.

A unidade do Jaçanã tem 4,4 mil metro quadrados, conta com uma biblioteca e 16 salas que servirão para oficinas de iniciação em diversas linguagens artísticas: teatro, dança, circo, literatura, música, artes visuais e multimeios.

O Jaçanã já teve destaque na cultura de São Paulo quando foi sede da Empresa Cinematográfica Maristela e ficou conhecido Brasil afora pela música “Trem das Onze”, cantada por Adoniram Barbosa.

Estimular e popularizar a produção local é um dos objetivos da implantação da Fábrica.

“Desejamos que essa Fábrica de Cultura seja um ponto de encontro e estímulo a criação para todos os artistas da região”, disse o secretário de Cultura, Marcelo Araújo.

Na inauguração, as apresentações musicais e de dança foram feitas por grupos locais como Emmy Cultura dos Tambores e Rap e as crianças do Centro de Crianças e Adolescentes  (CCA), que é mantido pela Associação de Mulheres Amigas da Jova Rural, bairro da zona norte.

O público alvo da Fábrica são crianças e jovens de 8 a 21 anos de idade

“A comunidade tem que se apoderar desse espaço com sabedoria, sem vandalismo, pois só vai ser interessante se for bem usado”, afirma Mano G., do grupo Bica1702, que também se apresentou.

Mas o que os adolescentes, parte do público-alvo, esperam desse espaço? “Aqui não é um bairro lembrado. Espero que a Fábrica evolua e traga consciência para as pessoas. Quero fazer teatro para me expressar melhor, vai me ajudar um dia quando eu tiver uma profissão. Quero uma vida melhor para mim e para as outras pessoas também”, disse o estudante Vinícius Veloso, 14.

Crianças e adolescentes folheavam livros de um acervo total de 2.200 títulos. “Quero fazer curso de violão. Quando vi a construção pensava que seria só uma biblioteca. Eu pego livros na biblioteca do CEU Jaçanã e agora tenho uma opção a mais”, contou a estudante Vanessa Gonçalves, 14.  “Eu gosto de ler e também quero fazer aulas de violão”, acrescenta a estudante Taís de Oliveira, 13.

O escritor Guga Oliveira lembrou que a periferia é um local que possui menos oportunidades. “Desejo boa sorte para a nova Fábrica, que ela dê frutos maravilhosos e oportunidades que vocês não tinham no bairro”, disse ao lançar e sortear exemplares de seu  livro “Os filmes que vi com meu pai”.

Aline Kátia Melo é correspondente da Jova Rural
@alinekatia
alinekatia.mural@gmail.com

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