Moradores reclamam de material usado para tapar buracos no Itaim Paulista

Agência Mural

Segundo informações do site da Secretaria Municipal da Coordenação das Subprefeituras, nos últimos dois meses, a subprefeitura do Itaim Paulista, zona leste de São Paulo, tapou cerca de 2.770 buracos na região. Porém, moradores questionam a qualidade do material utilizado para o fechamento dos buracos.

“Ao invés de usar material de qualidade para o fechamento definitivo, usaram uma mistura de areia e brita com pouco asfalto”, diz o eletricista Célio Roberto Gomes, 32.

Um exemplo são os quatro buracos tapados, em 26 de maio, na rua Pereira de Faro, no Jardim Camargo Velho. Lá, o material começou a se desfazer logo após o serviço, prejudicando a entrada e saída dos alunos da escola municipal Ezequiel Ramos.

Na esquina das ruas José Borges do Canto e Pereira de Faro, Jardim Camargo Velho, o asfalto se desfez um dia depois de ser colocado

“Em frente ao colégio é um perigo danado para às pessoas que andam na rua. Nossa vizinha aqui do lado quase caiu por conta do material escorregadio”, afirma  o comerciante José Arruda, 53.

Na rua José Borges do Canto, na mesma região, outros dez buracos foram fechados com o mesmo material no mesmo período. Porém, os problemas se repetem. “Passo por esta rua todos os dias e sempre desviava do buraco que existia aqui, achei que havia consertado e acabei caindo e me machucando”, diz o encanador Robson Milanês, 39.

O motociclista Helry Cristian Costa, 36, revela que já teve dificuldades em diversas ruas do bairro. “Já tive problemas de queda devido ao tipo de reparo, pois a sujeira fica espalhada após o conserto e o tombo é certo.”

Longe dali, na rua José Cardoso Pimentel, as reclamações são as mesmas. Lá foram fechados 23 buracos no final de maio.

Segundo a Superintendência de Usinas de Asfalto da Prefeitura de São Paulo, a composição do asfalto e remendo é uma mistura de pedra, cimento asfáltico e pó de pedra. Da usina da prefeitura, na Barra Funda, saíram 3,5 toneladas de asfalto para tapar os 2.770 buracos no Itaim Paulista.

“A qualidade do material que utilizaram não é a mesma que acostumamos a ver em outros remendos pela cidade”, afirma o comerciante José Arruda, 53.

Cacau Ras, 34, é correspondente do Itaim Paulista.
@cacauras
cacauras.mural@gmail.com

Comentários

  1. Essas empresas de “tapar buraco” assemelham-se à industria da seca no nordeste, um ciclo sem fim. Cabe ao poder público fiscalizar por aquilo que está pagando com o nosso dinheiro.

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