Na Vila Curuçá, rampas feitas onde não havia calçada são demolidas

Agência Mural

Três rampas de acessibilidade instaladas há um ano na praça Mãe Preta, Vila Curuçá, zona leste de São Paulo, foram removidas e outras três foram refeitas para adequar o local às normas de acessibilidade. As rampas antigas, que não iam a lugar algum, foram construídas antes mesmo do calçamento da praça em 2012 (Leia aqui).

A instalação das rampas, feita em 2012, custou R$ 49,6 mil e foi executada pela subprefeitura do Itaim Paulista. A nova obra foi orçada em R$ 111 mil e contempla, além da adequação das rampas, novo calçamento, duas ilhas de convivência com bancos e mesas de concreto, além de pequenos canteiros nas ruas que dão acesso à praça.

A praça Mãe Preta, após a reforma de 2012 e as alterações de 2013

“Achei muito estranho construirem rampas para deficientes na praça sem fazer as calçadas. Não entendi até agora porque quebraram tudo e as tiraram”, indaga o taxista João Gomes, 48.

Segundo o engenheiro Miguel Gianetti, da subprefeitura, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) solicitou a alteração por conta da velocidade dos veículos que utilizam as quatro vias que dão acesso à praça. “A CET nos pediu para incluirmos a construção dos canteiros centrais das ruas que dão acesso à praça e colocar ali as rampas”.

Além da mudança, o local foi excluído de uma lista com 120 praças que fariam parte da rede pública wi-fi, um projeto da Secretaria Municipal de Serviços. “Isso aconteceu na última etapa da consulta pública ao edital”, diz em nota a assessoria de imprensa da Secretaria.

“Fiquei muito feliz quando soube que a praça teria wi-fi e triste agora com a notícia”, comenta a universitária Kátia Lemos Costa, 19.

A praça Mãe Preta em imagem aérea de 2012

 

O projeto de revitalização também não contempla a instalação de uma academia ao ar livre para a terceira idade, que fazem sucesso em outras praças da região. “Que pena não ter estes equipamentos para usufruir, vejo isto em quase todas as praças. Espero que a prefeitura reveja a decisão”, diz a dona de casa Maria Aparecida, 61.

“O objetivo é fortalecer o convívio das pessoas com os equipamentos da praça, por isto temos os passeios bem largos para caminhadas” diz Gianetti. Ele afirmou que o Ilume instalará a iluminação e a CET, a sinalização viária. “Em 60 dias está tudo pronto”.

“Como a prefeitura quer o convívio das pessoas na praça, se instalam somente duas mesas com bancos, não colocam a academia dos idosos e retiram a rede wi-fi?”, pergunta o produtor Carlos Santana, 34.

Vander Ramos, 51, é correspondente do Itaim Paulista.
@vander521

Comentários

  1. Quanto a matéria sobre a Praça Mãe Preta, cumpre-me prestar os seguintes esclarecimentos aos leitores da Folha de São Paulo.
    A obra estava programada para ser iniciada concomitantemente com as obras de acessibilidade da Praça Mãe Preta e Região, ocorre as melhorias não tiveram prosseguimento por falta de recursos, sendo que em 13/05/2013, demos início às intervenções planejadas em 2012, quando então a CET, nos solicitou que executássemos obras de adequação do sistema viário no entorno da Praça Mãe Preta, com o objetivo minimizar os riscos de acidentes e atropelamentos.
    Os remanejamentos e adequação da Acessibilidade do Local não terão ônus para a Prefeitura.
    Eng.º Miguel Ângelo Gianetti

  2. Fiquei muito satisfeita com as obras realizadas na praça mãe preta. Antes não havia caminho nem a academia. O parque santa Rita ainda tem muita coisa a melhorar mas vejo que com novas obras e a união e conservação da população é um bairro que tem muito o que oferecer em termos de qualidade de vida.

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