Em Taipas e na Vila Zilda, sinalização de trânsito apresenta problemas
Moradores de alguns bairros de Taipas e Vila Zilda, na zona norte de São Paulo, enfrentam a precariedade da má sinalização de trânsito. Faixas de pedestres apagadas, placas sujas, tortas ou mal localizadas dificultam o ir e vir da população, que também enfrenta a falta de educação no trânsito dos motoristas.
No cruzamento da avenida Maria Amália Lopes de Azevedo e Antonelo da Messina, na Vila Zilda, uma placa encontra-se totalmente coberta por galhos de árvores. “Quem não conhece, realmente deve ficar perdido com a sinalização precária. Quando achamos alguma placa, ela se encontra pichada, tampada com árvores, tortas e por aí vai”, diz o promotor Josélio Ramos, 38.
O montador Marcelo de Rezende, 41, avalia que além da situação ruim das placas existentes é preciso ampliar a sinalização. “No nosso bairro falta placa, a minha sorte é que eu já conheço tudo por aqui, mas sempre vejo muitas pessoas pedindo informação”.
Em Taipas, os moradores enfrentam os mesmos problemas. Na avenida Deputado Cantídio Sampaio, altura do número 5.500, a faixa de pedestre que um dia existiu ali, praticamente, sumiu. Os semáforos, quando funcionam, também não ajudam os usuários.
Um pouco mais a frente, o que deveria ser uma faixa de pedestre, no cruzamento da mesma avenida com a rua Monte Alegre do Sul, as pessoas atravessam correndo ou se arriscam ao passar o sinal vermelho.
No trecho, é difícil identificar quando o semáforo está aberto ou fechado aos pedestres. É o que relata o metrologista, Kleber Augusto, 26. “A faixa mais à frente está apagada e o semáforo é complicado de entender”, reconhece. (Veja mais fotos sobre o problema aqui).
Também morador da região, o assistente de engenharia de processos Silas Pereira, 30, destaca ainda que “onde tem a faixa de pedestre, em muitos casos, não tem placa indicativa”. “Você sabe que tem porque se acostumou”, revela.
Há moradores da região que discordam que o problema esteja somente na sinalização. Para a auxiliar administrativa Fernanda Moraes, 26, a dificuldade está relacionada, principalmente, com a má educação dos motoristas.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) possui o Programa de Proteção ao Pedestre com orientação de travessia, entre outros projetos. O serviço contempla a região do centro expandido até a avenida Paulista e ainda não chegou à região de Taipas.
A reportagem do Mural procurou a CET, que apenas respondeu sobre a situação da avenida Cantídio Sampaio no cruzamento com a rua Monte Alegre do Sul. O órgão informou que está previsto a revitalização da sinalização de solo, como pintura de faixa, e que o projeto está sendo implantado conforme cronograma.
Bianca Pedrina, 29, é correspondente de Taipas
@pedrita
biancapedrina.mural@gmail.com
Priscila Gomes, 30, é correspondente da Vila Zilda
@prigomes1983
priscilagomes.mural@gmail.com