Sobre o rio Tietê, má condição de passarelas em Osasco assusta pedestres
Atravessar as passarelas sobre o rio Tietê na cidade de Osasco, na Grande São Paulo é, por vezes, um desafio. Em uma delas, por exemplo, para acessar a passagem, é necessário passar por uma escada com piso desgastado, sem corrimão em um dos lados e que está inclinada, o que aparenta falha na estrutura.
Para ter ideia da falta de manutenção, como a falta de pintura, é possível ver na parte externa da proteção o desenho de um sol com a escrita: “Governo de Verdade”, slogan utilizado pela prefeitura ainda no início da década de 1990.
Foi por ali que o motorista Fábio Luis Ribeiro, 38, cortou caminho entre as avenidas das Nações Unidas e Presidente Kennedy, vindo do bairro do km 18 com destino a sua casa na zona norte do município. Morador da região desde que nasceu, ele não se recorda de reformas no local.
“Sinceramente, não. E tem que reformar bastante. Na escada mesmo, uma pisada a mais pode até tirar o cimento”, afirma. Ele também ressalta que a saída da passarela se dá em um espaço abandonado, o que torna o caminho perigoso. A Prefeitura de Osasco não respondeu quando foi feita a última vistoria ou reforma do local. Citou apenas que deve colocar o corrimão até a próxima terça-feira (14).
A passagem é uma das cinco opções para os pedestres que precisam fazer o trajeto sobre o rio a pé. Perto dali, estão outras duas, localizadas debaixo do Viaduto Tancredo Neves e que são o principal caminho entre a estação da CPTM Comandante Sampaio e o bairro do Piratininga. Não há rampas nessa ligação. Apenas escadas e um caminho repleto de buracos.
A dona de casa Neuza Barbosa Almeida, 57, aponta a falta de faixas de pedestres na saída da passarela como o principal problema. “Para a gente atravessar onde passam carros é ruim”, comenta. Ela passa duas vezes por mês pela via, a qual utiliza para chegar a Policlínica, onde vai ao cardiologista. É a forma mais rápida de chegar, depois de sair do Centro de Apoio Psicossocial [CAPS], onde leva a filha. “[Vou pela passarela] porque não tem ônibus [que vem do CAPS]”, explica.
Mais perto do centro do município, outras duas passarelas apresentam melhor estado de conservação, contendo rampas que podem ser acessadas por deficientes físicos. Porém, há outras complicações. “Passarela é para andar. E [alguns] atravessam de bicicleta, eu acho um absurdo”, reclama o motorista Cícero Santos, 50. “A iluminação é fraca e falta pintura”, ressalta.
A escuridão das passagens à noite também é apontada como um dos principais problemas, em função da falta de segurança. Alguns pedestres chegam a se arriscar ao lado dos carros para evitar o trajeto.
Procurada, a Prefeitura de Osasco afirmou que elaborou um projeto para a implantação de faixa de pedestres na alça de acesso do viaduto, e que reparos e manutenções estão sendo realizados. Afirmou, ainda, que deve iniciar na segunda-feira (13) reparos e manutenção na iluminação.
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Paulo Talarico, 23, é correspondente de Osasco
@PauloTalarico
paulotalarico.mural@gmail.com
Valeu pela matéria . mas esquece a tempo essas passarelas não tem manutenção.
Eu moro a 27 anos em Osasco e passo sempre ao lado. Nunca na minha vida eu presenciei uma reforma ou manutenção sequer nessa passarela….Uma vergonha de uma cidade mal administrada que tem uma das melhores economias do país!!!!!