Museu do Jaçanã pede doações para concluir reforma de prédio

Agência Mural

Após ser fechado para reforma, o museu Memória do Jaçanã, na zona norte de São Paulo, anunciou que aceita doações de moradores e comerciantes para dar continuidade à restauração de seu prédio.

As obras foram iniciadas no dia 7 de janeiro deste ano, mas o museu ainda não reuniu material suficiente para concluir os reparos.

“Estamos aceitando doações de material de construção. Pode ser tijolo, pedra, areia”, disse André de Oliveira, vice-presidente da Associação Museu Memória do Jaçanã, instituição que completou 30 anos em dezembro de 2013. Segundo ele, também falta comprar o portão da entrada.

Sala do museu Memória do Jaçanã antes da reforma
Sala do museu Memória do Jaçanã antes da reforma

O objetivo da reforma é fazer com que a entrada do museu se pareça com uma estação de trem, além de outras melhorias, informou o aposentado Sylvio Bittencourt, 83, fundador e presidente do museu.

“O plano é fazer um jardim na frente, ter uma porta de correr que fique aberta durante o dia. A construção era térrea e agora terá um andar a mais para salas e o acervo vai continuar na parte de baixo. Queremos colocar uma sirene que dispare às 11 horas, como a do trem da música ‘Trem das Onze’, de Adoniram Barbosa”.

Bittencourt, que mora há cerca de 40 anos no bairro, também é autor do livro “Moro em Jaçanã: 143 Anos de História”, lançado em setembro de 2013. Parte da arrecadação da obra irá para o financiamento da reforma.

Museu aguarda por doações para concluir reforma
Museu aguarda por doações para concluir reforma

A restauração pretende mudar a frente do museu da rua São Luiz Gonzaga, na altura do número 156, para a rua Benjamin Pereira, que é mais movimentada. A via é caminho de muitos ônibus da região do Jaçanã e intermunicipais de Guarulhos, na Grande São Paulo. A entrada também vai ficar em frente à praça João Batista Vasquez.

Na opinião de alguns moradores, a mudança deve aumentar a visibilidade da instituição.

“Moro na região há dois anos, já tinha ouvido falar muito do museu, mas conhecer mesmo faz pouco tempo. Acho que mudar a entrada vai atrair as pessoas que passam na praça”, disse o músico Guilherme Rodrigues da Silva, 26.

A cobradora de ônibus Thamiris Aparecida Martins, 26, disse desconhecer a atual entrada do local. “Sempre ouvi falar, mas não sabia onde ficava o museu porque a entrada dele fica numa rua sem movimento. Muita gente acha que ele fica na avenida Antonio César Neto, porque lá tem um muro longo com vários grafites, um deles com um trem e o Adoniran Barbosa”, explicou.

Quem tiver interesse em ajudar basta entrar em contato por  e-mail (raonny.oliveira@gmail.com) ou pelo telefone do museu 11 2241-4286.

Ainda não há previsão para a reabertura da instituição.

Aline Kátia Melo, 30, é correspondente da Jova Rural
@alinekatia
alinekatia.mural@gmail.com

 

Comentários

  1. Gostaria de poder ajudar mas não tenho grana o que não impediu que eu adorasse o museu. Apesar de não entender bastante da história de São Paulo seu desenvolvimento e crescimento industrial sei que Adoniram retratou muito bem essa fase da cidade e homenageou o bairro com uma música. Se eu puder ajudar de outra forma me avisem.

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