Motoristas criticam obras de corredor de ônibus em Guarulhos

Agência Mural

A ampliação do primeiro corredor de ônibus de Guarulhos tem reclamações entre motoristas da cidade da Grande São Paulo. Eles dizem que o corredor tem aumentado o tempo médio das viagens de automóveis.

“Tendo em vista que antes tínhamos três faixas e agora só temos uma, dá para imaginar como está a situação do local”, explica o coordenador fiscal Luiz Pereira, 51.

O corredor de ônibus, que ganhará mais 12,3 km de extensão, busca atender a demanda por melhorias no transporte público da cidade, ligando Guarulhos à cidade de São Paulo. O projeto também promete ajudar no deslocamento de 3,6 milhões de moradores da zona leste da capital paulista.

Com o fim das obras, que vão somar 20 km de extensão até o fim de 2014, a frota de ônibus de Guarulhos deve chegar a 200 veículos. A previsão é que o tempo de viagem caia 26%, tempo que chega hoje a 88 minutos até São Paulo.

Mesmo com os benefícios, a aposentada Marieta Maria Neves, 72, queixa-se da ampliação. “Parece que estamos andando em fila, de tão apertadinho que está ficando. Somente após o meio dia que a situação melhora”, diz.

O primeiro trecho inaugurado em julho de 2013 liga os terminais de integração Taboão e Cecap. Por lá, circulam cinco linhas metropolitanas operadas com uma frota de 32 ônibus comuns, mais uma linha municipal com 16 veículos.

Outro problema apontado pela população é o possível corte de 329 árvores entre a avenida Mal. Humberto de Alencar Castelo Branco e Vila Galvão. Com 1.512 assinaturas, moradores criaram um abaixo-assinado na internet exigindo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente a preservação das espécies.

A pasta afirma atuar apenas como fiscalizadora do projeto. O órgão diz que a responsabilidade da obra, assim como o corte das árvores, é da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).

Em nota, a EMTU diz que obteve a aprovação junto à Secretaria de Meio Ambiente de Guarulhos para implantação do Corredor Metropolitano Guarulhos/São Paulo – Trecho Cecap/Vila Galvão. Diz, ainda, que foram emitidas autorizações ambientais e um termo de compromisso ambiental que autorizaram a supressão de 329 árvores e o transplante de 101 para áreas a serem indicadas pelo órgão municipal.

Jéssica Souza, 22, é correspondente de Guarulhos
jsouza.mural@gmail.com

Comentários

  1. Realmente, a situação no trecho da Av. Antonio de Souza, entre a R. Pe. Celestino e o Viaduto Nova Guarulhos ficou péssimo nos dois sentidos.
    Acompanho as obras diariamente, pois pego ônibus na via Dutra, e a impressão que dá é que a obra não avança.
    Bloquearam duas pistas em cada sentido num trecho longo, quando poderiam ter feito em um só sentido, ou em trechos menores, para evitar os congestionamentos.

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