Grupo de parkour dá aulas gratuitas em CEU da zona leste de SP
Desde 2012, um grupo de Guaianases, na zona leste de São Paulo, se reúne para dar aulas gratuitas de parkour na unidade de Jambeiro do CEU (Centro Educacional Unificado). O projeto surgiu depois que o Simeos, equipe que pratica a atividade na região, avaliou que o espaço do centro seria bom para o ensino da modalidade.
“O CEU pediu um projeto e eu elaborei. Hoje temos o espaço aberto aos fins de semana para ensinar e praticar”, contou o professor de parkour Rodolfo Rodrigo Bisbo, 20, também integrante do Simeos.
Cerca de 40 alunos comparecem à unidade semanalmente para praticar o parkour, que significa percurso em francês.
De acordo com o Simeos, a modalidade traz benefícios como controle corporal, preparo físico, melhoria nos reflexos e ainda ajuda a superar limitações do cotidiano.
A atividade surgiu há aproximadamente 40 anos e tem como objetivo fazer o praticante mover-se o mais rápido possível de um ponto ao outro, pulando obstáculos.
No entanto, o parkour não é reconhecido como esporte, o que impossibilita a organização de campeonatos. Mas isto não é encarado como algo negativo pelos integrantes do grupo.
“A ideia não é competir, mas sim superar limites. E as aulas não funcionam como se os alunos precisassem fazer os movimentos em tal hora ou de determinado jeito para ir bem. Cada um tem seu tempo”, afirmou o professor Felipe Jaú.
INÍCIO
Os traceurs, como são chamados os praticantes de parkour, de Guaianases surgiram há cerca de 10 anos. No bairro da zona leste, a atividade física não atraía muito os moradores e a modalidade era feita em outros bairros.
Mas, em 2005, a “meia dúzia” de colegas de parkour da região se reuniu, formando o grupo Simeos Parkour Guaianases. O interesse que eles tinham em comum os fez conquistar novos adeptos.
Atualmente, moradores de outros bairros e municípios, como Jandira, Itapevi e São Bernardo, na Grande São Paulo, além de Perus, na zona norte, também aparecem nos treinos para praticar.
O parkour também tem suas representantes femininas, somando cinco mulheres. Para a estudante de teatro Priscila Biade, 23, a predominância de homens na atividade não é algo que a incomode.
“Mulher é quase que cultivada para ser delicada e o parkour é mais radical. Só que nunca tive essa sensação de que mulher não deve fazer isso ou aquilo”, afirmou.
As aulas da modalidade são ministradas no CEU Jambeiro na avenida José Pinheiro Borges, 60, em Guaianases. Para mais informações e esclarecimentos, ligue: 2960-2055 ou 96624-8911.
Renata Asp, 22, é correspondente de Itaquera
@renataasp_
renataasp.mural@gmail.com
Vander Ramos, 52, é correspondente do Itaim Paulista
@vander521
vander.mural@gmail.com
Eu amo o teu ponto.