Periferia de SP se destaca em Feira do Livro de Buenos Aires
Entre os dias 28 de abril e 12 de maio ocorreu a 40ª Feira do Livro de Buenos Aires, na Argentina, evento que reuniu mais de 1 milhão de pessoas e 10 mil profissionais para divulgação e lançamentos de livros, debates e também apresentações culturais.
Na edição de 2014, a cidade de São Paulo recebeu o convite para ocupar o espaço de honra do evento, com um stand de 144 m² no qual foram realizadas atividades com autores brasileiros, com destaque para os artistas dos saraus das periferias da capital.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da equipe da Biblioteca Mário de Andrade, em parceria com a organização da Feira do Livro de Buenos Aires, possibilitou a viagem e participação de representantes de 15 saraus de diferentes regiões, como o Sarau da Cooperifa, Sarau Suburbano, Perifatividade, O que dizem os umbigos?, Slam da Guilhermina, entre outros.
Representando a cultura periférica com suas danças, músicas, teatro e poesia, os saraus atraíram a atenção do público portenho. “Comprendo poco, pero es muy creativa”, considerou a médica Nina Globbo, que assistia à roda de capoeira improvisada durante as apresentações do Sarau do Binho.
“Se criou um fortalecimento na autoestima dos poetas. Você vê que está sendo valorizado até fora do Brasil, uma conquista nossa, um reconhecimento”, afirma Robson Padial, o poeta Binho.
Além das atividades no espaço da feira, no prédio La Rural, em Palermo, os artistas visitaram regiões periféricas de Buenos Aires, como Piedrabuena e La Boca, e fizeram intervenções nos locais.
O jornalista Vagner Alencar, correspondente do Mural, também foi convidado para apresentar seu livro ‘Cidade do Paraíso’, que trata da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.
“Foi uma oportunidade de levar novos olhares do cotidiano da periferia de São Paulo para mais gente, sobretudo à Argentina, onde tem aumentado o número de favelas. A participação da periferia com sua literatura e manifestações culturais mereceu estar no centro de um evento tão grandioso como esse”, diz acreditar.
Lívia Lima, 27, é correspondente de Artur Alvim
@livialimasilva
livia.mural@gmail.com
Espetacular,a vez e a voz das periferias.Parabenizo minha amiga Débora Garcia,que lá esteve, com o Perifatividade e O que dizem ou Umbigos?.
Realmente essa é uma belíssima iniciativa de valorizar a cultura brasileira. Tenho absoluta certeza que os resultados obtidos pelos artistas são expressivos, permitindo uma sobrevivência digna através de seus talentos. É animador… !