Moradores da Brasilândia fazem seminário sobre áreas verdes da região

Agência Mural

Composto por diversos “jardins”, como Damasceno, Elisa Maria, Vista Alegre, Paraná, entre outros, o distrito da Brasilândia, zona norte de São Paulo, merece mais atenção para suas áreas verdes. É o que pensa um grupo de moradores da região que promoveu, no último sábado (17), o “1º Seminário de Áreas Verdes e Lazer da Brasilândia”.

O evento ocorreu na escola infantil José Canavó Filho, no Jardim Carumbé, e reuniu cerca de 40 pessoas, organizado pelo Movimento em Defesa do Parque da Brasilândia.

Os palestrantes convidados, os arquitetos e urbanistas Caio Boucinhas e Catharina Pinheiro, apresentaram, como exemplo do que pode ser feito na região, os resultados dos trabalhos desenvolvidos em diversas áreas verdes da cidade. Ambos trabalham há mais de 12 anos na conscientização e mobilização para preservação do parque Pinheirinho d’Água, localizado no Jaraguá, zona norte.

Um dos principais ideais dos organizadores é a defesa de uma área verde de mais de 310 mil m², demarcada como zona de proteção ambiental pelo Plano Diretor Estratégico da cidade, de 2004, onde está destinado o Parque Municipal da Brasilândia.

Apresentação no Seminário de Áreas Verdes e Lazer da Brasilândia, zona norte (foto: Cléber Arruda)
Apresentação no Seminário de Áreas Verdes e Lazer da Brasilândia, zona norte (foto: Cléber Arruda)

“Não temos nenhum parque e a ideia é de quando falarmos em urbanização pensar na qualidade de vida dos habitantes. A gente quer construir esse parque com a comunidade envolvida e debatendo o que será feito”, afirma Juçara Terezinha Zottis, da comissão organizadora do seminário.

Após as palestras, moradores e líderes de associações locais compartilharam o microfone, por cerca de 30 minutos, para expor seus pensamentos e anseios sobre o assunto. Para a professora Catharina, o saldo do encontro foi positivo. “Acho que o povo está mobilizado, se organizando e considero um avanço que estejam lutando por meio ambiente, que é tão fundamental quanto moradia para região”.

Já o professor Boucinhas considerou como um ponto negativo a ausência de jovens. “Amanhã são eles que vão batalhar pela manutenção desse parque e todos que estiveram por aqui têm que pensar em como atrair a juventude para essa discussão. Pensar em esportes, trilhas e valorizar o desejo deles também”.

O zelador Henrique Jorge da Cruz Gomes, 33, aprovou o resultado do seminário. “Vim conhecer o que está acontecendo e gostei de ver pessoas empenhadas no bem-estar da nossa região”. Para a educadora, Janete Teixeira dos Santos, 40, um parque seria ideal para o entorno. “Tem muitos jovens por aqui que se precisam ir a um parque precisam tomar condução, ir pro Ibirapuera, Barra Funda, às vezes até pedir pra passar por baixo, no ônibus. Um parque aqui valorizaria nossos bairros, melhoraria nossa qualidade de vida”.

Convidados, o subprefeito da Freguesia do Ó/Brasilândia, Bruno Ghizellini Neto, e o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Wanderley Meira do Nascimento, não compareceram. No final do seminário, Décio Pereira, representante da SVMA, surgiu justificando que o secretário estava em outra atividade, mas que está atento às demandas da região. Ele afirmou que a situação da Brasilândia está sendo avaliada e que nos próximos 15 dias terá uma resposta para a coordenação do movimento, com mais dados sobre a área. A subprefeitura também mandou representantes.

Cleber Arruda, 32, é correspondente da Brasilândia
@CleberArruda
cleber.mural@gmail.com

Comentários

  1. Prezados, estive presente no Seminário e sempre fica a impressão de que espaços como esses são deixados em segundo plano pelas autoridades constituídas, pois chegam do meio para o fim, não existem comunicados oficiais ficando para alguém dar recado oficioso, além claro dos famosos “encaminhamentos” que mais parece um jargão futebolístico, aproveitando o tempo de Copa 2014, que se aproxima.

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