Abandonado, quartel histórico do Parque D. Pedro II desperta a atenção de moradores
Para quem passa na avenida Frederico Alvarenga, s/nº, no centro da cidade de São Paulo, o mau estado de conservação de um antigo quartel desperta a atenção de moradores e transeuntes. O prédio, com quase 15 mil m², apresenta sinais de abandono, como janelas quebradas, paredes com rachaduras, pichações e entulhos. Situado no Parque D. Pedro II, é um dos imóveis mais importantes da história do município.
Segundo o portal do Governo do Estado de São Paulo, o espaço foi construído em 1765 e já abrigou o Convento das Irmãs Duarte, o Seminário de Educandos e o Hospício dos Alienados. Até 1992 pertenceu ao 2º Batalhão de Guardas do Exército e, a partir daí, o imóvel foi transferido para a Polícia Militar de São Paulo.
Para o técnico de segurança do trabalho Marco Antonio Cruz, 44, a passagem pelo 2º Batalhão, entre 1988 e 1989, ficou marcada até hoje. “Quando relembro, a saudade bate como se fosse ontem”. Mas, sobre o abandono, Cruz é categórico: “Relaxo, desprezo total de nossos governantes”.
A supervisora de atendimento Carina Barros, 29, relembra do quartel quando, juntamente com a família, acompanhava os treinos militares. “Lembro que olhávamos com muita curiosidade. Não sei o que esperávamos daqueles momentos, mas são imagens que ficaram na minha memória”, completa.
O jornalista Celso de Freitas, 58, diz que o 2º Batalhão de Guardas estava em pleno funcionamento quando chegou à São Paulo, em 1973. “Lembro de ver sempre os soldados cuidando do prédio, renovando a pintura, varrendo calçadas, recolhendo o lixo. Dava até para escutar as ordens de um sargento de voz mais eloquente, de dentro do ônibus”.
De acordo com o portal estadual, o governador Geraldo Alckmin anunciou um projeto de recuperação do quartel em 2012. O espaço seria transformado em um complexo cultural, onde abrigaria o Museu Histórico da Polícia Militar e uma Fábrica de Cultura. No documento, a conclusão está prevista para setembro de 2014.
O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) afirma que o tombamento do imóvel ocorreu em 1981. O Mural entrou em contato com a Secretaria de Estado da Cultura, que acompanha a proposta de intervenção no edifício por parte da Secretaria de Segurança Pública. O órgão abriu licitação para contratar projetos executivos de restauro.
A Secretaria informa que vai dar todo apoio técnico necessário à implantação do Museu da Polícia Militar, mas que, após as avaliações técnicas, verificou não haver área disponível suficiente para implantação de uma unidade do programa Fábricas de Cultura.
Alexandre Ofélio, 44, é correspondente da Mooca
@alexandreofelio
aleofelio.mural@gmail.com
ja foi esgota o prasooe so votar em guem vai alugar tdos ja para familias carntes empresas
e so luagar tud ja para familias carentes enpresas colocar estes moadores d erua ativr posto de saude hotel turestico
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O que pouca gente sabe é que neste prédio também funcionou o quartel da Guarda Cívica (1896-1924). Essa corporação, eminentemente policial, foi antecessora da Guarda Civil estadual (1926-1970). No final de 1924, foi incorporada à antiga Força Pública, passando a fazer parte do contingente legalista de São Paulo que perseguiu a Coluna Prestes (1924-27) pelos sertões brasileiros.