Na crise da água, moradores buscam alternativas para driblar a seca
Em busca de alternativas para enfrentar a crise da água, agravada desde outubro do ano passado, 25 moradores da Vila Nova Cachoeirinha e outras regiões da capital participaram, na última semana, de um curso de construção de minicisternas, no Centro Cultural da Juventude da prefeitura, na zona norte.
O objetivo foi estimular o uso da água da chuva, uma aliada na hora de lavar quintais, regar as plantas e na limpeza de banheiros.
A minicisterna é um recipiente fechado, o que evita o problemas de proliferação do mosquito da dengue, e pode ser colocada embaixo do telhado. O custo para montagem varia entre R$150 e R$300 e pode armazenar até 200 litros. Para manter a água livre de impurezas são utilizados cloro, tela de mosquiteiro ou peneira, além de canos de PVC.
O curso foi realizado pela ONG Sempre Sustentável, ministrado pelo técnico em agronomia Edison Urbano.
O aposentado Alcides Adelino Campos, 67, participou junto com o neto e pretende ensinar a família como usar o recurso. Na região, a água chega às 6h e acaba por volta das 14h. “Lavamos roupa duas vezes por semana e aproveitamos a água. Reservamos dois a três baldes tampados para lavar o chão do quintal e da casa. [Com a mini cisterna] vamos usar também a água da chuva”, ressalta.
Há menos de um mês, o monitor cultural do CCJ, Pedro Barreto, 20, morador da Freguesia do Ó, teve as torneiras secas por dois dias. Tentou, em vão, resolver o problema. “Na Sabesp me disseram que estava normal”, desabafa. Ele afirma que mesmo tendo economizado, a conta aumentou e, por isso, o interesse pelo curso.
No caso do gestor ambiental Rubens Haddad, 27, morador do Mandaqui, o objetivo é levar o que aprendeu para casa e para o bairro da Brasilândia, onde trabalha. “Quando a gente se preocupa [com a falta de água] é algo muito importante. Parece que a sociedade não está preparada”, afirma.
O artesão, Luiz Kanashiro, 55, que mora na Vila das Mercês, zona sul, além do uso em casa, avalia se é possível trabalhar com as minicisternas. “Quem sabe posso ter como fonte de renda”.
Segundo a dona de casa Ana Alice, 68, do Jardim Pery, apesar de não sofrer com os cortes, ela pretende ajudar familiares que estão com problemas por falta de abastecimento. “Pode não faltar aqui em casa, mas, na rua de cima, já não tem. Sempre guardo água da máquina de lavar e não demoro no banho. Devemos pensar em nossas famílias e no coletivo para superarmos essa crise”, reflete.
Kelly Mantovani, 21, é correspondente da Vila Nova Cachoeirinha
@mantovanikelly
kellymantovani.mural@gmail.com
Oi eu só Thainara e estou fazendo uma pesquisa com o tema falta de agua no Brasil e gostaria que vocês deixacem uns comentários falando algo que possa me ajuda a apresenta . Eu Gostaria de saber como vcs estão lidando com essa falta ? E como poderia mudar na suas opinião ?
Oi Thainara,
podemos conversar por email?
kellymantovani.mural@gmail.com
Abs