Em meio à greve, lixo é armazenado dentro dos quintais no Grande ABC
Em meio ao nono dia da greve dos profissionais de limpeza na região do ABC, Grande São Paulo, moradores improvisaram saídas para o acúmulo de lixo.
Moradores do Residencial Loreto, da CDHU, no Jardim Santo André, em Santo André, juntaram os resíduos e colocaram dentro de um depósito do condomínio. Como não havia mais espaço, alguns sacos ficaram espalhados pelo chão.
A ascensorista do prédio, Ednéia Otacílio de Santana, 36, tem pedido aos vizinhos para que não espalhem os resíduos. “O problema é que os cachorros rasgam. Saio por 40 minutos para almoçar, é o tempo de encher o chão do pátio de sacos de lixo”, afirma.
O sindico do residencial, João Absolon da Silva, avalia que houve um transtorno pela paralisação, mas tem uma visão positiva da greve. “É uma resposta que eles dão aos gestores da região. As reivindicações são mais do que justas, mereciam ganhar mais, porque a cidade sem esses trabalhadores não tem como funcionar”.
O sindicato da categoria reivindica ajuste de 11,73%,e as empresas ofereceram 7,68%. Reuniões ocorrem nesta tarde tentando solucionar o impasse.
Em frente ao terminal Urbano da Vila Luzita, o lixo atrapalha a passagem dos pedestres. Preocupa o fato do espaço do depósito de lixo estar quase lotado. “Todo mundo tem o direito de reivindicar, então cabe às autoridades tomar providências, se não quem sofre é a população”, avalia o supervisor do terminal Luis Carlos Lins, 49.
Em São Caetano do Sul, o estudante de direito Caio Funaki, 22, morador do bairro Osvaldo Cruz, conta que teve de acumular o lixo no quintal e diz que há preocupação de doenças. “Estamos tendo nossas residências invadidas por ratos”, alegou.
Ele ressalta que em algumas ruas o lixo vem sendo coletado e depositado nas ruínas da antiga fábrica da Matarazzo, dentro do bairro Fundação. A atendente Juliana Jacob, 25, também tem armazenado no quintal os resíduos e reclama do mal cheiro e das baratas, mas ressalta entender o protesto.
Segundo o presidente do Siemaco, sindicato da categoria no ABC, Roberto Alves da Silva, 44, que é coletor de lixo em São Bernardo do Campo, a categoria quer o reajuste mínimo estadual.
Atualmente o gari ganha R$ 939 e o coletor R$ 1.115. Silva diz que a carga horária de trabalho é de 10 horas e chegam a percorrer 35 km com sol ou chuva. “O preconceito da sociedade é grande e muitos discriminam o trabalho deles’’, afirma. Ele comenta que foi proibido de entrar num restaurante por conta do uniforme laranja.
Fabiana Lima, 30, é correspondente de Santo André
fabianalima.mural@gmail.com
@Fabianasilim
Kátia Flora, 34, é correspondente de São Bernardo do Campo
@katiafreis
katiaflora.mural@gmail.com
Em SCS , Jardim São Caetano – algumas vizinhas resolveram adotar o acumulo do seus lixos em frenta ao terreno ao lado da minha casa. Como são as empregadas que cuidam desse lixo o mesmo é jogado sem o devido cuidado. O cheiro já é insurpotável. vemos sacos rasgados com muito resto de comida misturados com plásticos. Um horror
Como eu faço compostagem com os restos de casca de legumes e frutas e costumo separar o descastável acumulei desde o início da greve somente 2 sacos pequenos de supermercado e os armazeno no fundo do quintal. Muito ainda os cidadãos têm a aprender quanto ao lixo. Temos de tratá-lo com mais carinho!
Aqui em Diadema no bairro Conceição minha vizinha achou 02 escorpião entre os lixos acumulados em frente sua casa.
DEVERIAM JOGAR NA FRENTE DA PREFEITURA. o DURO É QUE OS PETRELHAS NEM IAM LIGAR, ESTAO ACOSTUMADOS COM A CARNIÇA.