Festival une grupos culturais da Baixada do Glicério

Agência Mural

A mobilização de vários moradores da Baixada do Glicério, na região central de São Paulo, resultou no último fim de semana no festival ‘Glicério pela Vida’. Com ações culturais e esportivas, oficinas, escolas para formação de músicos, os organizadores querem criar um coletivo para mudar o panorama do bairro.

“O festival por muito tempo será lembrado como o início de uma luta que está por vir: a de diminuir as vulnerabilidades sociais por meio da cultura, da coletividade, do sonho de um lugar melhor e de um discurso que seja plural”, afirma Diego Moreira, 30, morador da região.

Ele foi um dos organizadores do evento e é educador no projeto “Direitos Humanos no Viaduto” voltado às pessoas em situação de rua. “O evento fortalece o diálogo e a articulação dos moradores”, completa.

O festival teve a apresentação de artistas do bairro e foi aberto pelo Batuq do Glicério, bloco carnavalesco conduzido por Alex Souza que busca retomar a cultura dos carnavais de rua.

“Isso deveria acontecer sempre”, diz João Almeida Moura, 36, morador da Baixada, que seguia para o mercado e parou para prestigiar o bloco.

Um dos convidados foi Akins Kintê, idealizador do ‘Sarau do Kintal’ que pediu a palavra e fez um protesto contra a violência. “Vou falar um poema aqui na humildade e sem maldade”, diz. “Os PM que nos caçam, coçam as armas e não cansam e caçoam dos genocídios de massa… declarada a guerra, e essa guerra nos agarra”, termina.

Um dos moradores do Glicério que articulou o evento foi o personal trainer  Vinícius Almeida, 26, membro do APNS do Brasil (Agentes de Pastorais Negras do Brasil). “É um processo de transformação para a vida, para a educação, para a cultura. Não concordamos com processos que ferem direitos”, diz.

A articulação envolveu outros atores importantes para o Glicério como Di Função, rapper da região, rapper JD, Nayana Brettas, fundadora da CriaCidade e coordenadora do Projeto Fala Criança e Alex Sandro Duarte de Santana, membro do Instituto de Palhaços da cidade de São Paulo.

“Todo mundo está no mesmo propósito. Acreditamos num processo que seja coletivo e contra todos os tipos de violência. Lutamos pela vida no Glicério”, explica Almeida.

O festival integra o Mês da Cultura Independente e trouxe várias atrações [vejas nas fotos]. A ideia é promover outros festivais e criar uma sede para o coletivo que está em formação. “Estamos em um processo de formulação. Estamos no corre”, expõe Almeida. “A ideia da sede é ser um local para formação de lideranças”, completa Nayana Brettas.

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Carina Barros, 30, é correspondente do Glicério
@carinabarros
carinabarros.mural@gmail.com

Comentários

  1. Puxa nosso to grande Brasil est acabado. Estou gravemente triste por observar lojas fechando as portas em sp Tenho um tio que est empreendendo numa franquia que est investigando. Parece ser a febre do momento. Estou produrando uma para mim tambm. Algum teve chance de pesquisar essa nova franquia da Colcho Inteligente? Parece ter bom tempo de retorno legal que no depende s da vitrine para alavancar vendas. Algum conhece? Franquia Colcho Inteligente

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