Com trincas e janelas soltas, Centro Educacional é interditado em Mairiporã
Auditório, salas para cursos, oficinas e toda a estrutura da Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura.
Estes eram os principais usos do Centro Educacional Monsenhor José Lélio, interditado desde o dia 8 de setembro pela Defesa Civil de Mairiporã, região norte da Grande São Paulo.
Na cidade de quase 94 mil habitantes, que carece de espaços de cultura e lazer, apresentações e aulas tiveram que ser realocados, assim como departamentos da prefeitura que funcionavam no local.
A secretária interina de Educação, Esportes e Cultura, Leila de Assunção Marques Garcia, disse que os problemas eram antigos, mas que a interdição foi inesperada.
“Nós já sabíamos dos problemas, mas a interdição foi uma surpresa, tive que correr para achar um outro espaço para a secretaria. Felizmente não houve interrupção do trabalho. 70% da parte administrativa já mudou de local, os outros devem ir em breve”.
“O que me surpreende é um prédio tão novo, em só cinco anos de uso, já apresentar esses problemas, notamos janelas se soltando, rachaduras graves, portas que não fechavam mais” conta.
A secretária ainda falou sobre a situação de quem tinha cursos e apresentações no local.
“Os que mais serão afetados são os que utilizam o auditório, as apresentações e aulas como teatro e ballet foram transferidos para o Espaço da Cultura (Localizado na Rua XV de Novembro, 171), um local muito menor, com estrutura mais simples, mas que por hora vai comportar as atividades”.
O novo local da Secretária de educação, Esportes e Cultura de Mairiporã fica na Rua Brasil, 60, centro.
Vizinho de um colégio, uma área de parque, um depósito de gás e de um supermercado, a situação do edifício preocupa.
Coordenador do colégio particular que fica ao lado, Glauco Giacobbe, 53, conta que eles foram informados da interdição pela própria Secretaria de Educação, onde foi explicado o laudo apontando os problemas no Centro Educacional.
“O que me chamou atenção foi o descaso com a manutenção. É uma pena que um espaço tão importante para cultura e educação da nossa cidade esteja comprometido desta forma“.
Para ele, além da preocupação com a vizinhança instável, muitas outras escolas também foram afetadas. “O auditório era o local escolhido por escolas públicas e particulares para a realização de diversos eventos, como teatros, saraus, inclusive a formatura dos alunos. Todos foram afetados”.
Ao custo inicial de 3 milhões e 200 mil reais, as obras do Centro Educacional de Mairiporã começaram em junho de 2008 pela gestão do então prefeito Antonio Shigueyuki Aiacyda (PSDB).
Com previsão de término em 180 dias, o edifício só foi inaugurado pelo prefeito (então reeleito) em 2011, mais de 3 anos depois.
Segundo nota enviada pela prefeitura, os problemas apontados durante a construção são semelhantes aos apontados pela Defesa Civil do município atualmente, o solo não comportaria o peso do edifício, o que vem ocasionando problemas graduais desde o início de sua ocupação.
Ainda no mês de julho foi contratada uma empresa pela prefeitura que confirmou através de um laudo pericial os problemas estruturais do Centro Educacional, dentre eles o de que havia a necessidade de se esvaziar a caixa d’água, pois a mesma estaria agravando o peso sobre a fundação. Sem água o prédio foi interditado de vez.
Questionada sobre prazos, a Secretária de Obras, Serviços e Habitação Ticiane Costa D’Aloia, informou ao Mural que ainda não há uma previsão de liberação do espaço, garantiu que novos laudos técnicos mais aprofundados serão feitos para melhor definir a gravidade do problema, e os consequentes prazos e custos de obras emergenciais.
A prefeitura alega também que recentemente entrou com uma ação de reparação por danos materiais contra as empresas responsáveis pela obra.
Nota na íntegra:
“A Defesa Civil de Mairiporã informou que o prédio do Centro Educacional de Mairiporã Monsenhor José Lélio foi interditado desde o dia 8 de setembro. A interdição, por tempo indeterminado, tem caráter preventivo, no sentido de preservar a integridade física dos usuários da edificação, uma vez que existe a possibilidade do desprendimento de gesso do teto, de esquadrias metálicas e partes do imóvel (massa).
Os técnicos da Defesa Civil já faziam o monitoramento frequente das trincas existentes na estrutura e perceberam um recalque progressivo da fundação estrutural do edifício, confirmado através de laudo pericial feito pela empresa Brazcorp Engenharia de Estruturas, Incorporação e Construção Eireli – Epp, contratada pela prefeitura municipal para este fim.
Em meados do mês de julho último foi solicitada a contratação de empresa especializada em perícias técnicas, em agosto o técnico da empresa contratada procedeu às análises e vistoria e o laudo foi protocolado no departamento Jurídico da Prefeitura, no último dia 6; e na Secretaria da Educação, Esportes e Cultura, dia 8 de setembro.
Também foi procedido o esvaziamento do reservatório de água para evitar a piora da situação estrutural do prédio e, com isso, o sistema de combate a incêndio ficou prejudicado por falta de água, motivo da interdição total do edifício.
A prefeitura municipal está tomando todas as medidas administrativas e legais pertinentes. Entrou em contato com a construtora responsável pela obra, que está fazendo a análise dos fatos, para posterior parecer e providências cabíveis.”
Humberto Müller, 25, é correspondente de Mairiporã
@lagomuller
lagomuller.mural@gmail.com
Olá.
Com maior responsabilidade eu estou pronto para saber aonde eu me inscrever
Ok.
Olá.
Eu estou pedido informação, para me inscrever no curso da prefeitura pará min dar aula.
Mre
Ass. Flávio de Oliveira.
Isto foi responsabilidade do Engenheiro, que por sinal é um desastre…. Deveria prende lo