Memórias de pacientes são encenadas em manicômio de Franco da Rocha

Agência Mural

Criada a partir de fatos reais, a peça “Juquery – Memórias de Quase Vidas”, do Grupo Girandolá, conta histórias que se passaram atrás dos muros do hospital psiquiátrico homônimo —erguido em Franco da Rocha, há mais de cem anos, para internar pessoas que não eram consideradas normais.

A montagem faz uma crítica à “higienização” realizada pelo sistema manicomial, que buscava “curar” casos como o de uma mulher que gostava de cantar alto.

 Cena da peça "Juquery - Memórias de Quase Vidas", do grupo Girandolá, que é encenada dentro de um hospital psiquiátrico (Roger Neves/Divulgação)
Peça “Juquery – Memórias de Quase Vidas”, do grupo Girandolá, encenada dentro de um hospital (Roger Neves/Divulgação)

O enredo se baseou em relatos de pacientes que ainda vivem lá, de ex-internos e de moradores da cidade.

As cenas são apresentadas no próprio complexo hospitalar, dentro da antiga divisão reservada aos casos extremos. No passado, o espaço comportava banheiras de água fria e quente, nas quais pacientes recebiam terapia de choque. A peça também traz trechos sobre a história de Franco da Rocha.

Complexo Hospitalar do Juquery – Av. dos Coqueiros, 300, Centro, Franco da Rocha, tel. 4488-8524. 40 lugares. 90 min. 16 anos. Dom: 17h. Até 11/12. Retirar ingr. 1h antes. Grátis.

 

Jéssica Moreira, 25, é correspondente de Perus
jessicamoreira.mural@gmail.com

Dica publicada no Guia Folha de 11/11/16.