Manicures reaproveitam caixas de leite e criam adesivos para decorar unhas

Agência Mural

Eliana Figueiredo da Silva, 22, moradora do bairro Jardim Corisco, na zona norte de São Paulo, faz unhas desde os 15 anos, mas resolveu inovar para agradar suas clientes e ainda faturar uma grana extra.

“Percebi que quando as meninas vinham fazer unha, gostavam muito de desenhos com flores e os adesivos comprados em perfumaria são um pouco caros. Resolvi desenhar no formato que elas queriam e de uma forma econômica”, explica.

Com o reaproveitamento de caixas de leite, Eliana encontrou uma forma para economizar, agradar suas clientes e ainda conquistar outras. O verso das embalagens serve como base para produzir os adesivos feitos de esmalte, que são removidos com facilidade por serem desenhados em uma superfície de alumínio.

Ela recorta pedaços pequenos, que cabem até 8 adesivos, e vende por R$3 reais. A cliente escolhe um modelo e ele é colado na unha por cima da base. Para proteger, ela ainda passa outra mão de esmalte. “As unhas com os adesivos duram até 15 dias”, conta.

Foto: Priscila Gomes/Folhapress

A manicure também aproveita para vender os adesivos para outras profissionais. “Essas artes complementam a minha renda. Ajudam pouco, mas ajudam”, afirma Eliana, que chega a vender 150 cartelas por mês. E ela ainda garante que já chegou a vender mais quando trabalhava em salões de cabeleireiro.

Acostumada a atender clientes em domicílio na Vila Zilda, zona norte de São Paulo, a manicure Silvana Rosa de Oliveira, 38, conheceu essa técnica e passou a comprar adesivos da artesã Dorizana Rosa Santos Silva, 30, que mora na cidade de Amargosa, na Bahia.

Ao lado do marido, a artesã que trabalha com EVA e pintura em tecido também encontrou nos adesivos uma oportunidade de aumentar a renda familiar.

“Descobri esses desenhos com algumas meninas daqui da região. Nunca fiz curso, mas a internet me ajudou muito. Todas as mulheres que usam os adesivos nas unhas gostam da minha arte, revendo até para São Paulo”, diz Dorizana.

Da cidade de Rio do Pires, também na Bahia, a artesã Erica Sousa Oliveira, 24, que trabalha com pintura em tecido, chega a faturar R$100 por mês com a venda dos adesivos para unhas. Ela cobra R$2 por cartela.

“Faço unha há três anos, mas nunca fiz curso. Aprendi tudo sozinha, treinando e aperfeiçoando. Comecei a fazer os adesivos criando desenhos, vendo o que as clientes mais gostavam. Vi que, além de oferecer para minha clientela, poderia vender para outras manicures e ganhar um extra para me ajudar”, finaliza.

Priscila Gomes é correspondente de Vila Zilda
priscilagomes.mural@gmail.com

Comentários

  1. ESTE É OUTRO LADO DA CRISE O DA OPORTUNIDADE E DA CRIATIVIDADE DIANTE DAS DIFICULDADES O QUE FALTA É INVESTIMENTO NESSES EMPREENDEDORES POIS AUMENTARIAM SUA PRODUÇÃO E CONSEQUENTEMENTE CRIANDO EMPREGO E RENDA.

    PARABENIZO A CORRESPONDE PELA BELÍSSIMA MATÉRIA POIS QUESTÕES ASSIM ESTÃO NA ORDEM DO DIA.

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