Osasco sobe passagem de ônibus para R$ 4,35 e diz que lei não exige aviso prévio
Pelo segundo ano seguido, moradores da Grande São Paulo pagarão tarifas de ônibus mais caras do que as da capital, após reajustes anunciados em cima da hora por gestões municipais.
Enquanto os moradores de São Paulo souberam com dez dias de antecedência sobre a alta de R$ 3,80 para R$ 4, a prefeitura de Osasco informou apenas no sábado (6) que o preço saltaria de R$ 4,20 para R$ 4,35. Na mesma região, as cidades de Barueri, Itapevi, Carapicuíba e Santana de Parnaíba tiveram aumento similar e também cobram R$ 4,35.
Os avisos foram colocados na segunda-feira (8), quando os coletivos já poderiam cobrar o novo valor, segundo o decreto. No entanto, as empresas começaram a cobrar R$ 4,35 nesta terça (9). Mesmo assim, a situação surpreendeu quem estava nos pontos de ônibus osasquenses.
“Tudo isso? Meu Deus”, disse a vigilante Carmem Grande Silva, 41. “A gente não concorda. Aumenta, aumenta e a gente não tem uma estabilidade, não tem nada, todo mundo em pé no ônibus. Se ao menos todo mundo estivesse confortável. O salário não aumenta e a passagem aumenta. Fica difícil”.
“Muita gente está desempregada e não tem dinheiro para pagar a passagem”, ressalta Leandro da Silva, 17, morador do Jardim Roberto. Ele considera que houve melhora nos coletivos nos últimos anos, mas de forma lenta.
“O processo de reajuste da tarifa estava em análise”, afirmou em nota a prefeitura de Osasco. “Não há qualquer legislação que determine o aviso prévio, embora as empresas concessionárias tenham tido a preocupação em afixar cartazes no interior dos coletivos informando sobre o reajuste”.
A prefeitura diz que a alteração está prevista em contrato. “O percentual de reajuste se ampara na variação da inflação, do preço de combustível e do custo de mão de obra.”
SEM INTEGRAÇÃO
Além de cobrar R$ 4,35, Osasco não possibilita usar mais de um ônibus por tarifa, o que faz com que quem precise usar duas conduções para se deslocar pela cidade gaste R$ 8,70.
A vigilante Carmem, por exemplo, mora no bairro Olaria do Nino, na zona sul. Para ir a casa da mãe, tem de pegar um ônibus para o centro e pagar mais uma passagem até o Jardim Veloso, outro bairro do município.
O bilhete integrado é promessa de campanha de governos municipais há pelos menos 13 anos. “A implantação do bilhete único no municipio está em fase de estudo”, se limitou a dizer a prefeitura, governada por Rogério Lins (Podemos).
Durante a campanha eleitoral de 2016, Lins também prometeu que a cidade teria linhas que circulam pela madrugada, mas a administração recuou após assumir. “Aumentar a oferta de ônibus, além dos horários que são operados atualmente, necessita de demanda que a justifique”, diz a nota.
BRIGA NA JUSTIÇA
No final de 2016, a prefeitura aumentou em 10% o preço das passagens, o que a deixou acima dos preços na capital. Na época, a prefeitura alegou que não poderia congelar a tarifa, por não ter como pagar subsídios para as empresas de ônibus, como é feito em São Paulo.
Em setembro de 2017, a Justiça determinou a anulação da alta e multa para as empresas de ônibus por descumprimento. Durante duas semanas, as empresas não abaixaram o valor, até que conseguiram anular a decisão via recurso.
Ariane Gomes e Paulo Talarico são correspondentes de Osasco
arianecgomes.mural@gmail.com
paulotalarico.mural@gmail.com
Esse e o prefeito que o povo elegeu não faz nada para melhorar a qualidade de vida do cidadão mas aumentar a passagem de ônibus isso ele sabe fazer e lamentável.
Sabe o que acontece,é uma mafia quem manda não é a prefeitura nem o judiciario pois sei que tem uma liminar que foi mandada para a empresa de onibus e eles não acataram a ordem davjustiça de baixar a condução de R$4,00 para R$3,80 no inicio do ano passado e agora sobem para R$4,35 é mais uma palhaçada que temos que ingolir prefeito e vereadores não apitam nada pois a MAFIA DOS TRANSPORTES DE OSASCO É QUEM MANDA.