Aumento da passagem de ônibus atinge ao menos 11 cidades na Grande São Paulo

Agência Mural

Ao menos 11 das 39 cidades da Grande São Paulo aumentaram as passagens de ônibus municipais neste mês de janeiro. Nelas, vivem ao todo 14.4 milhões de pessoas, que passaram a pagar mais caro para usar o transporte público.

A lista de altas inclui Barueri, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Franco da Rocha, Itapevi, Osasco e Santana de Parnaíba, que subiram a tarifa para R$ 4,35.

Em Francisco Morato e em Santa Isabel, o valor foi para R$ 4,20. Na capital, a passagem subiu de R$ 3,80 para R$ 4.

Os aumentos na Grande SP se concentraram em duas regiões. Cidades da região oeste, como Osasco (697 mil pessoas), Carapicuíba (396 mil) e Itapevi (229 mil) anunciaram aumento em dias próximos. O mesmo ocorreu na parte norte, com as vizinhas Francisco Morato (171 mil), Franco da Rocha (149 mil) e Caieiras (98 mil).

Osasco tem passagem a R$ 4,35 (Paulo Talarico/Agência Mural/Folhapress)

Entre as 11 cidades que tiveram aumento, seis delas são atendidas pelo grupo NSO, que reúne as viações Caieiras, Urubupungá e Santa Brígida.

Três das prefeituras que subiram a tarifa são governadas por prefeitos do PSDB: São Paulo (João Doria), Barueri (Rubens Furlan) e Santana de Parnaíba (Elvis Cezar).

Já em áreas como o ABCD e na região leste, as prefeituras decidiram manter as tarifas atuais, embora aumentos neste ano não estejam descartados.

Em Mogi das Cruzes, as empresas de ônibus solicitaram reajuste da tarifa de R$ 4,10 para R$ 5,33. Em entrevista coletiva, o prefeito Marcus Melo (PSDB) negou reajuste e disse que manterá o valor atual, mas que alterações poderão ocorrer nos próximos meses.

Há também casos de municípios que tiveram reajustes em meados de 2017, como Cotia, Jandira, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Taboão da Serra.

O número de altas em janeiro foi metade do registrado em 2016, também um ano eleitoral, quando 24 cidades elevaram o valor da passagem. 

E ainda houve reajuste nos ônibus da EMTU que fazem a ligação entre as cidades da Grande SP.  A alta variou de 3,15% a 4,95%, dependendo da região.

Paulo Talarico é correspondente de Osasco
paulotalarico.mural@gmail.com