Sem bancos e parquinho, praça é alvo de reclamações em Mairiporã

Humberto Muller

Localizada entre a Rodovia Fernão Dias e a rua São Paulo, em Mairiporã, na região metropolitana, uma praça é fruto de insatisfação dos moradores da cidade há décadas.

Conhecido como praça da Rua São Paulo, o espaço é antigo. Quem vive nos bairros Jardim Fernão Dias e Vila Nova Juquery se lembra de frequentar o local ainda nos anos 1990, quando houve a duplicação da Rodovia Fernão Dias.

A área acompanha pelo menos três quarteirões da rua São Paulo, que faz parte da rodovia SP-008, ligando Mairiporã com a zona norte da capital.

No entanto, a estrutura do local não acompanhou o crescimento dos bairros, que têm cerca de 5 mil moradores, no entorno do centro de Mairiporã.

Sem estrutura, local serve apenas de passagem para os moradores da região (Humberto Muller/Agência Mural/Folhapress)

Embora esteja com o mato cortado e possua uma câmera de vigilância da prefeitura, a praça não possui bancos e área de lazer. Além disso, não é possível identificá-la, pois não há placas.

Um pequeno monumento de pedra é a única estrutura em todo o espaço. Já em uma das pontas, vários veículos aguardam conserto de uma oficina mecânica.

“É uma área de lazer que faz muita falta para os nossos bairros”, diz o fotógrafo Luiz Felipe do Prado, 20, vizinho do local. “Vejo poucas pessoas por lá, apenas moradores de rua, que infelizmente não têm para onde ir, e alguns moradores passeando com cachorro”, comenta.

Prado conta ainda que frequentava o local quando criança.  “Comprávamos sorvete do outro lado da rua e ficávamos lá tomando. Mesmo sem bancos era um local mais agradável do que é hoje”.

No entorno da praça estão alguns dos bairros mais populosos da cidade, além de comércio e serviços (Humberto Muller/Agência Mural/Folhapress)

Ao redor da praça, há lojas, banca de jornal, ponto de táxi, supermercado e um dos principais pontos de ônibus da cidade, por onde passam linhas municipais e intermunicipais.

“Por ser localizada à margem da Fernão Dias, viraria um cartão postal, se fosse reformada. Chamaria a atenção de quem passa”, comenta a bancária Luciene Gomes de Oliveira, 35.

Ela conta que faltam espaços de lazer na região. ”Já brinquei muito ali com meu irmão quando éramos crianças. Poder levar minha filha lá, com segurança e estrutura, seria maravilhoso. Não temos nem parquinho aqui”.

O espaço de lazer mais próximo fica a 600 metros. Trata-se da pequena Praça do Samba, um triângulo entre três ruas com bancos e mesas. O parquinho infantil e a academia mais próximos ficam no Parque Linear, a pelo menos 1km de distância.

“Poderia ser feito um projeto com a própria comunidade, incentivando as crianças a plantarem árvores ou, até mesmo, uma horta comunitária”, completa.

Questionada, a prefeitura municipal de Mairiporã não respondeu até a publicação deste texto.

Humberto Muller é correspondente de Mairiporã
humbertomuller@agenciamural.org.br

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