Após cinco anos, terminal em Guarulhos permanece sem cobertura e sinalização
Jéssica Souza
Uma cobertura para proteger da chuva e do sol, sinalização para saber o horário dos ônibus, um ambiente mais limpo, com mais estrutura e acessibilidade.
Esses são alguns dos pontos destacados pelos moradores da cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, em relação ao terminal do coletivo 105-Jardim Moreira, com destino ao metrô Tucuruvi, na capital.
A Agência Mural acompanha há cinco anos a situação do local, que permanece sem cobertura e sem calçada para a espera dos passageiros.
O ponto de ônibus, colocado em 2016, foi retirado e deu lugar a uma garagem que, até o momento, abriga apenas uma banca de jornal.
Segundo a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), ter uma sinalização e demarcação por um totem ou cobertura, são as características básicas para identificar uma parada de ônibus. São nestes locais que os motoristas dos coletivos, por meio da sinalização do passageiro, estão autorizados a permitir o embarque ou desembarque.
Para a advogada e passageira do coletivo Tatiane Lima, 26, o fato mais curioso é que é apenas no terminal que as características básicas não são atendidas. “Chega a ser curioso, pois no próximo ponto localizado na rua de baixo já temos uma cobertura apropriada aos usuários”.
A linha é extensa e atende cerca de 36 paradas, num tempo de percurso de aproximadamente 60 minutos e todos os pontos seguintes ao terminal estão adaptados.
“Ao invés de esperar o ônibus no terminal, opto pelo segundo ou terceiro ponto para garantir um local mais seguro e não chegar numa situação precária no trabalho”, diz a auxiliar administrativa, Ana Lúcia, 33.
“O risco que corremos é de pegar o ônibus já lotado, mas não temos muita opção”, reflete o estudante Leandro Alves.
De 2016 para cá, houve a construção de uma estrutura para que o fiscal, motorista e cobradores permaneçam nos intervalos das viagens e um asfalto também foi colocado no terreno.
A EMTU em resposta a Agência Mural, em 2016, diz que um estudo elaborado por eles em 2014 para implantação de uma estrutura não foi concluído porque a área é particular e inserida em loteamento irregular, segundo informado na ocasião pela Secretaria de Transportes e Mobilidade Urbana de Guarulhos.
“A EMTU realizará nos próximos dias vistoria no local e solicitará à empresa operadora a recuperação das calçadas danificadas visando a melhoria das condições de embarque dos usuários da linha 105”, afirma a empresa em nota.
A prefeitura de Guarulhos foi procurada, mas não respondeu até a publicação do texto.
Jéssica Souza é correspondente de Guarulhos
jessicasouza@agenciamural.org.br
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