Em Perus, lanchonete Dan Dog atrai público com 50 opções de lanches
Ira Romão
Quando abriram uma lanchonete há 19 anos, a ideia de Alfredo Clóvis Lázaro, 50, e Darci Aparecida Lázaro Catelani, 54, era trabalhar com a venda de cachorro-quente em Perus, na zona noroeste de São Paulo.
Hoje, o Expresso Dan Dog conta com um cardápio que contém mais de 50 opções de lanches, que custam entre R$ 8,50 e R$ 25, dentre eles sete tipos de hot-dog.
“Quem foi direcionando nosso trabalho e aumentando o leque do cardápio foram os próprios clientes. Eles iam pedindo outras opções de lanches e nós começamos a incrementar”, relata Alfredo.
O espaço comandado pelos irmãos é um dos principais points gastronômicos de Perus.
Eles contam que a ideia surgiu por sentirem falta no bairro de um local mais tranquilo para bater um papo e que oferecesse algo que acolhesse as famílias.
“Nós comíamos um cachorro-quente lá pelos lados da Freguesia do Ó. Gostávamos de lá, do lanche e do formato que era na baguete. Então decidimos montar uma lanchonete para vender só hot-dog preparado na baguete e bebidas enlatadas”, relembra Alfredo.
A escolha do nome Dan Dog tem um significado especial para os sócios. “Dan” vem de Danilo, em homenagem ao filho de Darci, que morreu aos 12 anos, quando o projeto da lanchonete estava em desenvolvimento. E o “Dog” corresponde à ideia inicial de vender apenas hot-dog.
Localizado na Avenida Comendador Fiorelli Peccicacco, uma das principais vias de Perus, o Dan Dog funciona de terça a domingo, das 11h à meia-noite, e atrai diferentes públicos. Eles estimam que, em média, passam pelo local cerca de 200 clientes por noite.
Antes, no mesmo endereço, existia um depósito de areia. Ao locar parte do terreno, os irmãos construíram um salão e uma cozinha para poder abrir o negócio.
O estabelecimento oferece ainda porções, refeições completas, sobremesas e conta com variedade de bebidas alcoólicas e não-alcoólicas.
Embora a principal opção de lanche seja o hot-dog, o campeão de vendas da casa é outro. “O [lanche] disparado é o x-contra filé com bacon, seguido da porção de tilápia. No terceiro lugar aparecem os hot-dogs especiais com frango e com catupiry”, aponta Darci.
RELAÇÃO COM OS CLIENTES
Mesmo fechando as portas meia noite, o atendimento continua até que o último cliente peça a conta.
A cabeleireira Camila Barreto, 25, não esquece uma vez em que estava com os amigos e ao saírem tarde da noite do boliche, no Shopping Center Norte, não encontraram lugar aberto para comer.
“Chegando em Perus, quase de madrugada, decidimos verificar se o Dan Dog estava aberto. Por sorte fomos atendidos”.
Além de trazer recordações, para alguns clientes a lanchonete é também ponto de referência.
“Venho aqui desde os 15 anos. Moro a cinco minutos daqui. E quando preciso dar referência do meu endereço, indico o Dan Dog. As pessoas conhecem mais do que a própria estação de trem”, afirma a analista administrativo Taís Oliveira, 31.
Em 2005, houve a expansão física do espaço, quando surgiu a necessidade de criar uma área exclusiva para não-fumantes. Como na época, ainda não vigorava a Lei Antifumo nº 12.546/2011, que proíbe fumar em locais totalmente ou parcialmente fechados, muitos clientes fumavam próximos a outros, e isso incomodava os não-fumantes.
Como solução, os irmãos locaram mais uma parte do terreno do antigo depósito. Ampliaram a cozinha e construíram outro salão, reservado para clientes não-fumantes, na época, um diferencial no bairro. Como resultado, conquistaram novos clientes.
“Até hoje, mesmo não podendo fumar em locais fechados, muitas famílias que frequentam aqui gostam de ficar naquele salão”, relata Darci.
Com a ampliação do espaço físico, surgiram novas demandas. “O pessoal começou a pedir comida. As firmas da região procuravam a gente para servir almoço. Foi quando inserimos no cardápio refeições”, explica a proprietária.
A sociedade entre os irmãos é anterior ao restaurante. Eles chegaram a administrar simultaneamente três cantinas em escolas públicas. Por conta disso, muitos clientes antigos os chamam, até hoje, de “tios”.
“No início tínhamos um público muito jovem em decorrência das escolas. Hoje eles continuam vindo, mas boa parte já estão casados e com filhos”, menciona Alfredo.
Ira Romão é correspondente de Perus
iraromao@agenciamural.org.br
Lugar excelente, frequento a mais ou menos 14 anos, lugar acolhedor, comida saborosa, eu e minha família batemos ponto no Dan Dog rs