Sítio Mirim, um patrimônio histórico abandonado na Vila Jacuí

izabela moi

Por Vander Ramos

 

 

Na avenida Assis Ribeiro, altura do número 9500 e ao lado do bairro União de Vila Nova, região do distrito de vila Jacuí, zona leste da capital paulista, estão as ruínas da Casa Bandeirista do Sitio Mirim. Um patrimônio histórico tombado pela Secretaria Municipal de Cultura no ano de 1973.

 

 

 

O local conta um pouco da história de São Paulo, pois é um espaço que mostra um pouco do que foi a vida rural na época do Brasil Colônia. Para os arqueólogos, o maior valor está no subsolo, onde estão enterrados os artefatos utilizados no século 16 e 17.

 

 

O provável morador foi o guarda-mór Francisco de Godoy Preto, que a construiu por volta de 1750. Há historiadores que afirmam que, pelo estilo da construção da casa, ela pode ser ainda mais antiga.

 

Madeiras raras nas portas e paredes em taipa de pilão podem ser apreciadas nas ruínas. A casa rural foi utilizada como parada dos bandeirantes no século 18. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) guarda um registro fotográfico da casa ainda preservada em novembro de 1945.

 

Após 39 anos do tombamento, no entanto, pouco foi feito pela conservação do local e a cada ano que passa há menos o que se preservar.

 

 

O telhado da construção não resistiu ao tempo e caiu há muitos anos, e algumas das paredes também já desabaram. Há rachaduras por toda parte e, além disso, há pichações nas paredes e não é raro encontrar lixo acumulado ali.

 

A ausência de uma placa de identificação no local e a falta de iluminação nas ruínas contribui para a depreciação e esquecimento do sítio.

 

 

Vander Ramos, 51, é correspondente do Itaim Paulista.
@vander521
vander.mural@gmail.com

 

Comentários

  1. Na mesma região há um outro sítio histórico interessantíssimo, na Estrada Biacica, no Jardim Helena. Só não está destruído porque foi ocupado por pessoas que cuidam do patrimônio.

  2. CARO AMIGO VANDER, LENDO SUA COLUNA SOBRE O SITIO MIRIM, INFELIZMENTE NÃO É O ÚNICO DESCASO DO PODER PÚBLICO COM A CIDADE DE SÃO PAULO. CONTE COMIGO PARA INICIARMOS UMA CAMPANHA PARA FAZER COM QUE O PODER PÚBLICO MUNICIPAL TOME UMA ATITUDE FORTE A RESPEITO DE MELHORIAS CITADAS POR VC. COMO ILUMINAÇÃO E DEMAIS ATOS PARA CONSERVAÇÃO. NÃO SEI DE SUA LIGAÇÃO COM O VEREADOR RICARDO TEIXEIRA, EDIR SALES, ADOLFO QUINTAS E OUTROS QUE POSSO ESTAR ESQUECENDO E COBRAR DOS MESMOS ALGO QUE VENHA A CONSERVAR ESTE PATRIMÔNIO. PARA QUEM NASCEU EM SÃO MIGUEL EM OUTUBRO DE 1945, MUITO SE FÊZ PARA APAGAR A HISTÓRIA DE SÃO MIGUEL. É UMA PENA…JOSÉ PARZIALE RODRIGUES

  3. A Igreja de Ermelino Matarazzo, juntamente com Pe. Ticão distribuiu um livro que conta a história de Ermelino Matarazzo, e tive a oportunidade de ver as fotos deste casarão quase que inteiro. Não consegui um exemplar desta revista, gostaria, porém cheguei atrasada. Qdo criança costumava brincar neste casarão, me lembro que tinha até os ferros onde acorrentavam os escravos.

    1. Presada Ângela, se puder entre em contato comigo, pois, estou juntamente com o Fórum de Cultura de São Miguel Paulista, buscando informações como a que você postou aqui… é preciso esclarecer muita coisa a respeito de São Miguel Paulista, inclusive a possibilidade de esta casa ter sido um ponto de venda de escravos, e, seu testemunho como moradora é importantíssimo.
      Faça contato através do email: digitalradiotv@gmail.com
      Muito grato.
      Carlos.

  4. Em 2005 tentei contato com o SPHAN para alertar sobre o abando do sitio arqueológico. Pouca ou nenhuma importância deram às mensagens com imagens do local. Na época podia-se notar que estavam empilhando madeiras com o propósito de erquerem barracos – possivelmente iriam armar uma favela no local.
    Alguns moradores tomaram as rédeas e impediram que o local fosse invadido e lá surgisse mais uma favela – COMUNIDADE para os POLITICAMENTE CORRETOS.

    1. Vc. usou a palavra “afinal” em vez de “infelizmente” e o patrimônio pode e deve ser reestruturado e revitalizado. A igreja da fundação de São Paulo, o páteo do colégio foi totalmente reconstruído. Agora digo eu: Infelizmente o paulistano parece que tem uma espécie de doença em relação a preservação do patrimônio, coisa que até hoje não entendi o motivo. Afinal preservar a memória não significa ir contra a modernidade. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

    2. Tem sim… o solo daquele local guarda muita história que precisa ser revelada, e, muitos não querem que estas verdades apareçam!
      Nunca vamos desistir te tentar revelar esta história, que só os antigos e os escravos saberiam!

  5. demoro algo sobre esse local, sempre falei desse sitio aos meus filhos e ate eles tinham duvidas, pois nao existe no local placa ou qqer informação sobre e na ausencia de informação os propios moradores nao valorizam o local…

  6. ESTE PATRIMONIO HISTORICO, MUITO IMPORTANTE PARA SÃO MIGUEL PAULISTA ESTA SE ACABANDO A CADA DIA, JÁ PUBLIQUEI MATERIAS SOBRE ESTE ASSUNTO E NUNCA FOI FEITO NADA. ATÉ QUANDO VAMOS FICAR ESPERANDO TD ISTO VIRAR PÓ !

  7. Gostaria que as autoridades que um dia fizeram o tombamento dessa relíquia cultural, que hoje em dia está muito longe de ser preservada, olhassem um pouco mais para o passado, pois esse passado tornou-se muito distante. Onde esta a preservação.?

  8. Gostaria de convocar as pessoas que tem interesse em preservar este local, a se comunicarem comigo, pois, existe uma ação no Ministério Público, e, queremos que as pessoas se manifestem a favor desta causa para a coisa toda sair do papel, inclusive a CPTM foi citada também nesta ação… façam o favor de se comunicarem com: digitalradiotv@gmail.com
    ou através do formulário de contato no site http://www.ongcriativa.org

    Meu nome é Carlos Santos, e, mantenho o blog http://saomiguelpaulistasp.blogspot.com.br

    além de outros, e, faço parte do Fórum de Cultura de São Miguel Paulista, onde em nossas reuniões buscamos ardorosamente a resolução deste problema, que é nosso.

    O Sítio Mirim é nosso e de nossos parentes que ficaram esquecidos no passado… isto eu não admito… NUNCA ESQUECEREI… NÃO ESQUEÇA TAMBÉM, O QUE PODE TER ACONTECIDO NAQUELE LOCAL!

    1. Carlos,

      Somente hoje, 11 de março de 2014, retornei à essa blog e li a sua mensagem. Tenho interesse em tentar fazer alguma coisa para preservar aquele sítio arqueológico. Mas somente a vontade, nesse Brasil velho de guerra, não resulta em algo positivo. Se fosse um campo de futebol aonde D.Pedro II jogou bola, o GORDUCHO e o REISEILÁDOQUE PELÉ teriam se engajado e uma leva de acéfalos os seguiriam.

  9. Gostaria que os leitores deste blog, e, interessados nesta matéria, observassem os comentários deste post, com a devida permissão do autor deste blog e da referida matéria.

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    Em 16-05-2014 15:36, Rodrigo Botelho dos Santos escreveu:
    > Caro Sr. Carlos, boa tarde
    > Em uma pesquisa sobre a história do bairro Vila Jacuí, encontrei um artigo sobre o Sítio Mirim:
    > http://mural.blogfolha.uol.com.br/2012/07/11/sitio-mirim-um-patrimonio-historico-abandonado-na-vila-jacui/
    > Nos comentários, verifiquei que a Sra. Angela Spessoto que mencionou um livro com fotos sobre o bairro e o Sítio.
    > Gostaria de saber se você conseguiu reunir alguma informação sobre isto, além de qualquer outra sobre a história dos bairros da região – Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí e especialmente Jardim Pedro José Nunes. Este último, onde resido, tenho muita dificuldade em achar qualquer dado histórico.
    > Sou jornalista e possuo um grande interesse na história da cidade e seus bairros. Se puder me ajudar enviando algum material, ficarei agradecido.
    > Atenciosamente,
    > —
    > Rodrigo

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    Prezado Rodrigo, fico grato por seu contato.

    Infelizmente é muito difícil conseguir dados históricos de nossa região, porém, creio que deveríamos nos reunir, formar um “Fórum de discussões” convidando pessoas que tenham interesse no assunto, e tratarmos desta discussão que na minha opinião é ampla com o devido merecimento que o patrimônio histórico de nossa região merece.

    Podemos inclusive criar uma forma de através de divulgação buscarmos pessoas antigas da região, para tentarmos obter estas informações tão importantes para as nossas futuras gerações.

    Por favor, contate pessoas que tenham os mesmos interesses que buscamos e vamos nos reunir para lançarmos esta proposta.

    Fico no aguardo de uma posição sua.

    Abraço.
    Carlos Santos.
    http://digitalradiotv.blogspot.com.br

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