Aos 22, Camila Brasil lança álbum neste sábado no Jardim São Luís

Agência Mural

Camila Rodrigues de Oliveira, 22, poderia ter em mãos o diploma de relações internacionais, de engenharia hidráulica, ciências e tecnologia com ênfase em ciências do mar ou de letras. Mas, ao invés disso, mesmo passando no vestibular de quatro universidades diferentes, ela se tornou Camila Brasil, cantora de MPB, compositora e musicista e vai lançar o seu primeiro EP, homônimo, neste sábado (3), com um show na Casa de Cultura São Luís.

“Peguei no violão pela primeira vez aos 13 e aos 14 comecei a compor”, conta. “Uma amiga ouviu uma das minhas músicas e disse que precisava me levar na Casa de Cultura do M’Boi Mirim, em um evento chamado Panelafro. Foi a primeira vez que eu apresentei as minhas músicas, que estavam na gaveta”.

Neste dia, a recepção do público, segundo Camila, foi muito boa e bateu forte em seu coração.

A cantora Camila Brasil (Divulgação)
A cantora Camila Brasil (Kenny Rogers/Divulgação)

Aos poucos, ela começou a se envolver em diversos eventos que acontecem na periferia da Grande São Paulo, sobretudo na zona sul.

Moradora de M’Boi Mirim, ela começou a ser convidada para cantar em diversos saraus. Foi quando conheceu o Sarau do Binho, que ocorre há mais de 10 anos na região do Campo Limpo. “É uma escola. Sempre estamos aprendendo, trocando, ajudando um ao outro, aprendendo a ouvir e a ser generoso”, afirma.

A partir daí, ela não parou mais com a música, nem de compor, e fortaleceu sua relação com os livros. Camila já escrevia poemas desde pequena e encontrou na composição um meio de comunicação. “Foi o jeito que eu encontrei para tirar um pouco a vergonha, para começar a me expressar melhor”, explica.

A memória mais forte que tem, de quando era criança, é de estar sentada em sua cama, no quarto, assistindo Chico Science & Nação Zumbi em fita cassete. O que se tornou uma de suas maiores inspirações fora apresentado por seu pai. “A minha influência também vem de coisas simples: natureza, terra, sentimento, tudo o que eu não consigo expressar com as palavras apenas. Por todo lugar que ando, toda a quebrada, tudo me influencia”.

Para Camila, que faz arte independente, lançar um EP, produzido por si mesma e por Claudinho Miranda, da Banda Poesia Samba Soul, é grandioso. “Foi todo construído em uma luta de ter que ir lá fazer o corre e fazer acontecer”.

A cantora Camila Brasil (Divulgação)
A cantora Camila Brasil (Kenny Rogers/Divulgação)

Por isso, as expectativas são as melhores possíveis para o show de lançamento. Acompanhada por uma banda com bateria (Mailcon Manara), baixo (Wester-ly), acordeon e trompete (Wellington Alves), além de seu violão e guitarra e com participação especial de Guinão Oliveira, ela diz que o público vai poder conferir um pouco o trabalho atual, mas também vai poder ouvir sua busca por novas sonoridades.

É hora de Camila Brasil apresentar, da maneira mais completa possível, as canções que primeiro foram escutadas por sua mãe, a pessoa para quem ela as apresenta primeiro, quer dizer, segundo.  “A primeira pessoa a escutar as minhas músicas sou eu. Eu repito quinhentas vezes a minha música e falo ‘Poxa! Nossa! Que legal’ e ai eu vejo se ficou bonita e tento decorar. Depois mostro para ela”, revela. Quem quiser conferir todas estas composições, precisa ir ao show.

Casa de Cultura São Luís  – r. Antonio Ramos Rosa, 37, Jd. São Luís. Sáb. (3): 20h. Grátis.

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Karol Coelho, 24, é correspondente do Campo Limpo
@karolcoelho_
karol.mural@gmail.com

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