Escolinha de futebol oferece aulas gratuitas para jovens da Vila Clara

Agência Mural

Educar para a vida e não apenas para o esporte. Esse é o objetivo do Nascer (Núcleo Assistencial, Social, Cultural e Esportivo Ramar). Idealizado pelo corretor de seguros Marcelo Carvalho, 44, e pelo professor de educação física Rafael Silva, 30, o projeto acontece em um campo de terra batida da rua Rolando Curtis, na Vila Clara, zona sul de São Paulo.

A ideia de criar uma escolinha de futebol partiu de Marcelo em 2006. “Espalhei a notícia pelo bairro e convidei o professor Rafael. Cheguei com uma bola e oito garotos”, recorda.

Hoje, oito anos depois, o Nascer tem cem inscritos. As idades variam entre 7 e 18 anos e os garotos são divididos em categorias: sub-9 (até nove anos), sub-11, sub-15 e sub-18.

Há ainda a categoria Sport, time formado por adultos que iniciaram na escolinha quando eram adolescentes. Os treinos acontecem todos os sábados, das 8h às 12h30.

Por ser gratuito, o projeto sobrevive de doações. As bolas e coletes utilizados no treinamento foram doados pelos próprios treinadores, comerciantes locais, pais de alunos ou adultos da categoria Sport.

Projeto Nascer existe há oito anos e foi criado por moradores
Projeto Nascer existe há oito anos e foi criado por moradores

Segundo Marcelo, o projeto Nascer vai além do futebol. “Até brinco que não precisamos fazer faculdade de psicologia”, afirma, ao citar que já teve até conversa com um garoto que estava com problemas por causa de uma namoradinha.

“Mantemos o caráter esportivo, mas sem perder a essência de educar”, afirma Rafael. Entre as ações educativas, estão o diálogo constante com os jovens e o acompanhamento das notas escolares.

Estar matriculado em alguma instituição de ensino, aliás, é fundamental para quem deseja participar da escolinha de futebol.

O estudante Matheus Bomfim, 14, é um exemplo de como o projeto é atrativo para os adolescentes. O aspirante a goleiro, que sonha em ser um jogador de futebol profissional, não arruma desculpa para encarar os 35 km que separam sua casa do local de treinamento.

Morador de Parelheiros, zona sul de São Paulo, ele gasta uma hora e meia de viagem todos os sábados. “Eu morava aqui perto. Hoje, saio de casa 5h30, pego três ônibus e chego aqui 7h”, conta o garoto, que coloca crédito em um bilhete único dado pelo professor Rafael.

Para se inscrever na escolinha, os adolescentes interessados devem comparecer ao local e apresentar certidão de nascimento, RG e CPF dos pais, comprovante de residência, declaração de saúde do SUS e um comprovante de matrícula escolar.

Diogo Marcondes, 27, é correspondente de Cidade Ademar
@Diogomarcondes
diogo.mural@gmail.com

Comentários

  1. A reportagem aqui descrita no blog, mostra com enorme competência a face verdadeira do jornalismo de informar, de maneira imparcial e que resgasta qualidade e desperta o deseja de acompanhar o projeto. “Mantemos o caráter esportivo, mas sem perder a essência de educar”, como foi citado, brilhante iniciativa, se for feito bem, esporte e educação sempre andam juntos.

  2. Sou pai de um dos meninos q faz parte do projeto nascer. O professor rafael e o professor marcelo tem muito cuidado com os alunos. Pedem exames, boletim escolar e quem tem problema, eles pede pra se cuidar e depois voltar para a atividade fisica. rafa e marcelo continuem assim. um abraço do carlinhos, pai do felipe yago

  3. sou a maurenice, e gostaria de saber sobre escolinha de futebol gratuita, para um garoto que mora no Itaim Paulista,, como no momento é um pouco difícil a situação financeira dos pais. Aguardo informação, obrigada.

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