Moradores de Mairiporã reivindicam criação de parque ecológico na cidade

Agência Mural

Mairiporã, na Grande São Paulo, tem quase 70% de sua área considerada como proteção ambiental, mas sofre constantemente com queimadas, ocupação irregular e com o lixo. Um dos pontos críticos fica no Pico do Olho D’água, que passa por um sério processo de degradação.

Diante destes problemas, moradores se mobilizaram para discutir ideias e cobrar soluções das autoridades. A principal reivindicação do grupo, que organizou até uma caminhada no Pico, é a criação de um parque no local, que atenderia as necessidades da população e garantiria a preservação ambiental.

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Segundo o consultor de políticas públicas Paulo de Tarso Corte, 52, as possibilidades de uso benéfico do terreno são muitas. “Queremos que este seja um parque com manejo adequado, voltado para esportes de natureza, cultura e lazer, além de ser uma fonte de renda e desenvolvimento. É importante também para garantir a preservação da qualidade da água do Sistema Cantareira, já que há muitas nascentes aqui”, disse.

Mobilização dos moradores na caminhada contou com faixas e camisetas. Foto: Humberto do Lago Müller
Mobilização dos moradores na caminhada contou com faixas e camisetas. Foto: Humberto do Lago Müller

O Pico foi tombado em 1992 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) por possuir importância ambiental e paisagística. Este é mais um dos motivos pelos quais o músico Kauan Oliveira, 24, afirma que é necessário lutar pela preservação.

“Sempre morei no interior, gosto de pescaria, animais e natureza. Aqui [em Mairiporã] tem tudo isso muito perto de São Paulo. Acredito que o primeiro passo foi dado. Outros também irão valorizar a ideia do parque e agregar ideias, que só trará benefícios ao pico e a cidade.”

Questionado pelo Mural sobre os problemas na área, o secretário de Meio Ambiente de Mairiporã, Antônio Carlos Nery Pinho, 57, respondeu que a Prefeitura está fazendo estudos, que devem ser concluídos até 2015. “São várias pessoas trabalhando com a parte ambiental, com o turismo, com a parte jurídica e com o lado social também. Mas é um processo complexo de levantamento. Eu penso no futuro parque como um mosaico de áreas com diferentes características, umas voltadas para o lazer da população, outras para a preservação ambiental”, concluiu.

Humberto do Lago Müller, 23, é correspondente de Mairiporã
lagomuller.mural@gmail.com
@lagomuller

Comentários

  1. A cidade de Mairiporã está largada, dengue, sujeira, desmatamento, invasões e descaso total dos políticos, o centro da cidade é uma vergonha, tem tudo para ser bem cuidada e transforma-la em ponto turístico, vamos acordar.

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