Calçadas com entulho e sem rampas de acesso atrapalham pedestres na Mooca
Andar pelo bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo, é uma tarefa que requer atenção. Na maioria das vezes, a falta de rampas de acesso, de espaço e até mesmo a presença de entulhos dificultam a acessibilidade dos pedestres.
Para a autônoma Lourdes Greco, 58, que já operou o joelho e tem a mobilidade reduzida, é necessário fazer melhorias. “Você pode cair a qualquer hora e agravar o seu problema cada vez mais”.
Na rua da Mooca, altura do nº 700, calçadas estreitas com postes instalados no meio do passeio dificultam a passagem dos moradores. Na praça Álvaro Cardozo de Moura e na avenida do Estado, esquina com a Luiz Gama, o despejo de entulho faz com que o pedestre use a via para atravessar.
“Pessoas que andam com carrinho de bebê têm dificuldades até para locomover o equipamento e correm o risco de atropelamento”, reforça a governanta Suzi Costa, 46.
Já na esquina da rua Visconde de Cairu com a Canuto Saraiva, o problema é a ausência de rampas. “[As calçadas] não oferecem segurança para caminhar. Se estiver chovendo então, nem se comenta”, diz o professor Nilton Vaz Moreira, 52.
Segundo a legislação, o proprietário do imóvel, comercial ou residencial é responsável pela conservação e manutenção do passeio.
Para a enfermeira Andrea Pereira, 46, parte dos pisos do bairro está em situação precária. “O perigo que vejo é o fato dos idosos não conseguirem uma estabilidade ao se locomover e até mesmo a pessoa com deficiência ou cadeirante”.
O Mural conversou com a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras e, segundo a pasta, os fiscais realizam ações nas ruas diariamente para verificar as condições das calçadas. No primeiro semestre, as subprefeituras da Mooca e Sé registraram 86 multas relativas à Lei n° 15.733 de 2013, que destaca que a responsabilidade de manutenção e reforma do passeio é do proprietário.
“Deveria ter um serviço por parte dos órgãos públicos para fiscalizar e recomendar o conserto ou a conservação da calçada sem multa ou coação, mas um trabalho de conscientização e convencimento”, completa Moreira.
“O que espero é que eles tomem a devida providência e que os moradores também colaborem, pois se cada um fizer a sua parte já é um avanço”, afirma Suzi.
Alexandre Ofélio, 44, é correspondente da Mooca
@alexandreofelio
aleofelio.mural@gmail.com
SAIBA MAIS
– Em bairro da zona norte, postes ficam fora das calçadas
– Falta de sinalização em ruas da Mooca causa transtornos a moradores
– Na Vila Curuçá, rampas feitas onde não havia calçada são demolidas
É bem verdade,que este estar sendo um problema por todo pais,tanto este, quanto as rampinhas de acesso de deficientes…
E aquelas calçadas próximas à Estação Vila Prudente? Rua Itamumbuca e adjacências, entre a estação a e Praça Centenário da Vila Prudente? Eu que sou pedestre de duas pernas boas já sofro horrores para não ser atropelado ou levar um tombo, imagina um cadeirante, idoso ou alguém de muletas? Fica o desabafo.