População cobra manutenção em principal parque de Mairiporã

Agência Mural

A cidade de Mairiporã, na Região Metropolitana de São Paulo, é rica em áreas verdes, porém carece de parques e áreas de lazer. Essa é uma das queixas dos moradores do município.

Criado em meados de 1970, com o intuito de preservar as várzeas do rio Juquery e proteger a população das enchentes, o Dique ou Bosque da Amizade é uma das poucas opções da cidade, mas sofre com equipamentos quebrados e a degradação ambiental.

Em uma visita rápida é possível constatar que faltam bancos e lixeiras e sobram equipamentos quebrados e lixo.

Para o comerciante Cristiano Aparecido, 39, o local é mal aproveitado. “A gente gosta muito daqui. É um espaço muito gostoso, mas poderia ter mais equipamentos, segurança, iluminação. É complicado caminhar em alguns locais também, falta muita coisa.”

Já para a fotógrafa Mariana Lima, 27, mesmo com a falta de conservação, o espaço ainda é usado pelos moradores. “Falta estrutura, especialmente para as crianças, ainda assim as famílias levam seus filhos para brincar de bola e pipa, porém seria bom um playground, já que os poucos brinquedos estão em péssimo estado.”

Mariana diz, ainda, sentir falta do antigo “parquinho da biblioteca”, como era conhecido o local. “Quando pequena, era um dos lugares que eu mais gostava de brincar. Contudo, hoje, minha filha já não pode usufruir do mesmo.”

No dia 3 de julho, a Prefeitura de Mairiporã assinou um contrato de 30 anos com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que busca compensar a cidade pela preservação dos mananciais por meio de verbas e obras de infraestrutura. Parte da contrapartida prevê a revitalização do Dique.

Questionado pelo Mural, o secretário de Meio Ambiente de Mairiporã, Antônio Carlos Nery Pinho, admite que a área apresenta problemas, mas diz acreditar em melhorias em razão do contrato firmado.

“Por enquanto, a área não tem nada, mas o contrato prevê uma verba em torno de R$ 10 milhões para essa região, que será toda integrada a um futuro parque linear, com ciclovia, área de lazer e espaços para contemplação”, afirma.

Sobre o início dos trabalhos, o secretário ressaltou, que, “por enquanto, não há previsão de obras, porém o projeto é antigo e está sendo repensado da melhor maneira possível. A ideia é aproximar a população da natureza.”

 

Humberto do Lago Müller, 23, é correspondente de Mairiporã
lagomuller.mural@gmail.com
@lagomuller

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