O texto abaixo é uma versão estendida da avaliação do cinema do Internacional Shopping Guarulhos, que integrou o teste das salas de cinema publicado no “Guia Folha” em 20/2/2015.

Mesmo sendo o maior multiplex da Grande São Paulo, o cinema do shopping Internacional Guarulhos continua lotado. Assim como o próprio shopping, o principal da cidade. Filas que demoram mais de 15 minutos aos fins de semana, inclusive para os totens de atendimento, podem desanimar quem quer ver filmes na telona de uma das 15 salas do espaço, mas valem a pena: projeção e som são praticamente impecáveis.

Desde a abertura do centro de compras, em 1998, as salas de cinema chamaram a atenção do público local: 15, número elevado para uma cidade que convivia apenas com as três salas do Poli Shopping, que hoje não existem mais. O espaço ocupado por elas foi usado na expansão do centro de compras, localizado no coração da cidade, próximo à igreja Matriz. Com poucas opções em cartaz, a saída de muitos guarulhenses era ver filmes no cinema do Center Norte.

O cinema do Shopping Internacional foi aberto junto com o centro de compras, mas em seus primeiros anos era administrado pela Hoyts General Cinema, empresa australiana nos mesmos moldes que o Cinemark. Suas salas mais próximas hoje estão na Argentina, em cidades como Buenos Aires, Córdoba e Salta. Foi a única – e última – experiência da rede no Brasil. Em 2009 as salas foram adquiridas pelo proprietário atual.

Não são apenas os guarulhenses que visitam o multiplex: das seis cidades que fazem fronteira com Guarulhos, apenas São Paulo possui salas de cinema. O cinema recebe também, portanto, o público de Arujá, Itaquaquecetuba, Mairiporã, Santa Isabel e Poá. Para sair da lotação, há quem fuja para os cinemas dos shoppings Pátio Guarulhos (quatro salas de cinema) ou Bonsucesso (seis salas).

As 15 salas exibem os principais blockbusters e, justamente pela quantidade de espaços, alguns ficam em cartaz por lá bem mais tempo do que em outros cinemas, sendo realocados para salas cada vez menores. Vale observar que a sala 5, uma das maiores, está fechada para reforma.

A maior das salas, a 4, tem poltronas com sensores eletrônicos que reproduzem quedas e trepidações, nos filmes que contam com esse recurso.

Ao ir ao cinema, chegue cedo: além das já mencionadas filas, o atendimento na bonbonnière também é demorado: apesar de balcão ser bem grande, conta com um número insuficiente de funcionários para atender o público, muitos deles despreparados, com dúvidas, por exemplo, na hora de passar uma compra em cartão. Então adiante-se: você não vai querer perder o começo do filme porque sua pipoca ainda não saiu.

Carolina Porne, 25, é correspondente de Guarulhos
carolporne.mural@gmail.com

SAIBA MAIS

– Guia: Há 40 anos no Pari, esfirraria abre filial no Carandiru
– Feito com receita de Ilhéus, acarajé é atração de lanchonete na Brasilândia
– Lanche de Mairiporã faz sucesso com coração de bananeira