Associação promove circuitos de skate e flatland em Itapevi
Tem gente que anda de skate apenas para se divertir, outros usam como meio de transporte. Já os atletas que participaram da primeira etapa do circuito Overground Skate Street Series 2015, nos dias 18 e 19 de abril, em Itapevi, na Grande São Paulo, são verdadeiros acrobatas.
A competição foi criada pela MUF Association (Movimento União Freestyle), associação que busca difundir os esportes de ação, criada por skatistas e pessoas que apoiam a modalidade e cresceram no município.
A cidade ainda receberá em maio, nos dias 23 e 24, a segunda etapa e o vencedor do circuito ganhará uma viagem para Barcelona, na Espanha.
“Começamos a realizar etapas no município em 2011 e nos destacamos pela qualidade na organização dos eventos, foi assim que surgiu o convite de sediar e ajudar na organização do mundial”, afirma Ricardo Lima, organizador do evento.
A cidade recebeu em outubro de 2014, a penúltima etapa do mundial de BMX Flatland (modalidade de manobras com bicicletas), após ter passado pelas cidades de Montpelier, na França, Barcelona, na Espanha, e New Orleans, nos Estados Unidos.
No último fim de semana, além da competição nas categorias amador e iniciante, com média de 50 competidores em cada uma, o evento contou com intervenções de grafite e um bate papo com Sandro Testinha, da Ong Social Skate, que fez um documentário com o americano Mike Vallery, ícone do esporte.
Testinha falou sobre a necessidade de espaços para o esporte. “Pude orientá-los no sentido de se aproximarem da associação local e de forma organizada reivindicarem seus direitos”, afirmou.
Itapevi, no momento, não tem nenhuma pista de skate ou flatland em bom estado de conservação. Existe um projeto para disponibilizar os obstáculos usados em eventos nos fins de semana.
Cada detalhe dos campeonatos foi produzido por moradores e skatistas, como Alex Kool, 34, que montou os obstáculos. Para realizar o circuito, o MUF contou com apoio de patrocinadores da cidade como a loja Inside Out Skate Garage, que atua com a modalidade há 10 anos, algumas marcas de skate e órgãos da prefeitura.
“Os campeonatos incentivam os skatistas a buscarem novos conhecimentos e motivam o atleta a permanecer no esporte. Além das amizades e convivência com pessoas que são referência”, afirma o skatista Felipe Augusto, 24, que veio de Mauá e foi o segundo colocado na categoria amador.
Foi a segunda vez que ele participou do circuito em Itapevi e não foi o único que veio de longe. O evento atraiu atletas da Baixada Santista, Guarujá , Santos, São Vicente, Mogi das Cruzes entre outras cidades. “Os circuitos que acontecem em Itapevi são referência mundial no esporte, é comum encontrar atletas de vários lugares de São Paulo, Brasil e do mundo”, comenta o skatista.
“Embora não tenha um local apropriado para meu neto andar de skate, essa já é a quinta vez que assisto um campeonato de esporte de ação em Itapevi, a prefeitura precisa apoiar mais e efetivamente esse tipo de iniciativa”, avalia a aposentada Jocilene Oliveira, 54.
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Narayhana Pereira, 24, é correspondente de Itapevi
@narayhana
narayhana.mural@gmail.com
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